Esportes | 08/08/2011 07h10min
Depois de 21 dias da demissão de Paulo Roberto Falcão, o Inter ainda vive a dúvida de quem será o novo técnico, apesar da promessa da direção de que definiria o nome até o último domingo. Mas, após a partida contra o Cruzeiro, os dirigentes não cumpriram o compromisso e nem deram prazo para anunciar o sucessor.
>> ENQUETE: Entre os mais cotados, quem deve ser o técnico do Inter?
O vice de futebol, Luís Anápio Gomes, deu indícios, porém, de que o nome pode vir de fora do país. Os cogitados são Paulo Autuori, atualmente no Al-Rayyan, do Catar, Nelsinho Batista, do Kashiwa Reysol, do Japão, Oswaldo de Oliveira, do Kashima Antlers, também do Japão, e Ney Franco, que está na Colômbia comandando a seleção brasileira no Mundial Sub-20.
Dorival Júnior, demitido no domingo pelo Atlético-MG, segue cotado. Mas não está entre os primeiros da lista para assumir o cargo:
— O Dorival é um nome interessante e foi cogitado no início, mas a nossa prioridade é a mesma de ontem (sábado), de anteontem (sexta)... Em cima dela é que estamos fazendo um trabalho. Há algumas questões a definir — declarou Anápio.
Entre os nomes especulados, o clicEsportes apresenta um histórico dos técnicos que postulam o cargo para comandar o Inter neste segundo semestre:
Paulo Autuori: o treinador já passou pelo Inter em 1999. Em 50 partidas, obteve 28 vitórias, 12 empates e 10 derrotas. O aproveitamento do técnico no comando colorado foi de 64%. Nos jogos em que esteve à frente da equipe, foram 85 gols pró e 44 gols contra.
Autuori está desde 2009 no Catar treinando o Al-Rayyan. Seu último time no Brasil foi o Grêmio, na mesma temporada. Após uma longa espera, chegou ao Olímpico para levar o time ao tricampeonato da Libertadores. Acabou eliminado nas semifinais pelo Cruzeiro.
No Brasileirão, também realizou uma campanha de altos e baixos. Em novembro, recebeu uma proposta milionária dos catarianos e deixou o país. Após 36 partidas no comando tricolor, venceu 13 jogos, perdeu 12 e empatou 11. Teve um aproveitamento de 46,3%.
O empecilho seria a multa rescisória de Autuori. Com contrato até maio de 2012, para se desvincular do clube, o Inter precisaria pagar US$ 2 milhões, o que a direção colorada rejeita fazer.
Os principais títulos de Autuori são a Libertadores de 1997, pelo Cruzeiro, a Libertadores e o Mundial de 2005, pelo São Paulo e o Brasileiro de 1995, pelo Botafogo.
Nelsinho Batista: está desde 2009 no Kashiwa Reysol. Tem contrato firmado com o clube japonês até o final de 2012.
Assim como Autuori, Nelsinho faria sua segunda passagem pelo Beira-Rio. Seu primeiro trabalho no Inter durou 153 dias, em 1996. Na ocasião, técnico pediu demissão para acertar com o Corinthians, dizendo que "estava indo para um clube grande". A justificativa para a saída irritou os dirigentes e torcedores.
Paulo Rogério Amoretty, então vice-presidente do clube, afirmou que "esperava que Nelsinho fosse uma pessoa de uma palavra só". O presidente Pedro Paulo Zachia foi mais longe:
— Quero que ele seja feliz, mas longe do Beira-Rio — ironizou.
Em 27 jogos à frente do Inter, Nelsinho venceu 10 partidas, empatou nove e perdeu oito. Teve um aproveitamento de 48%. Seu último jogo foi uma derrota por 2 a 1 no Gre-Nal pelo Brasileiro.
No currículo do treinador, há um título do Brasileiro, pelo Corinthians, em 1990, e uma Copa do Brasil, pelo Sport, em 2008. Em 2007, foi rebaixado com o Timão para a Série B.
Oswaldo de Oliveira: no retorno do Inter da Copa Audi, o técnico foi um dos descartados para assumir o clube. Na época, a direção garantiu, inclusive, que nem o havia procurado.
Está no Japão desde 2007. Já conquistou três títulos do Campeonato Japonês (2007, 2008 e 2009) pelo Kashima Antlers.
A carreira do técnico começou com muito sucesso. No Brasil, teve êxito ao treinar o Corinthians, conquistando o Brasileirão de 1999 e o Mundial de Clubes em 2000.
Oswaldo ainda treinou Vasco, Fluminense, São Paulo, Flamengo, retornou ao Corinthians, Vitória, Santos, Al-Ahly, do Catar, Fluminense, novamente, Cruzeiro até o Kashima.
Ney Franco: na última sexta-feira, o diretor técnico do Inter, Fernandão, declarou que não conversou com o treinador da seleção brasileira Sub-20 que disputa o Mundial da categoria, na Colômbia.
O próprio Ney descartou a possibilidade de assumir a equipe. Admitiu que foi sondado pelo Inter, mas afirmou que não poderia aceitar o convite.
O primeiro trabalho de sucesso foi no comando do Ipatinga, de Minas Gerais, quando conquistou o título do estadual em 2005. No ano seguinte, levantou o título da Copa do Brasil com o Flamengo e, em 2007, o do Campeonato Carioca. Pelo Rubro-Negro, em 74 jogos, venceu 33, empatou 18 e perdeu 23 - um aproveitamento de 52,7%-, com 108 gols a favor e 101 contra.
Ney comandou também Atlético-PR, Botafogo e Coritiba, até ser contratado pela CBF. Além de treinar a seleção Sub-20, é coordenador das seleções de base.
Dorival Júnior: por várias semanas, foi o técnico preferido para assumir o Inter. O Atlético-MG, no entanto, resistia em liberá-lo. O time gaúcho não se propôs a pagar a multa, esperando a demissão, que ocorreu no último domingo. Apesar de não ter ido bem no Galo, é um dos treinadores mais respeitados do Brasil.
No Santos, montou o time que encantou o país em 2010, com Arouca, Wesley, Ganso, Robinho, Neymar e André. No Peixe, conquistou o título do Paulistão e da Copa do Brasil. Acabou demitido após uma desavença com Neymar. Após barrar o atacante de cobrar pênalti em partida pelo Brasileirão, o jogador o desrespeitou. O técnico afastou o atacante do time por tempo indeterminado e não queria colocá-lo no clássico diante do Corinthians. Acabou dispensado pela direção por insubordinação.
Em 61 jogos sob seu comando, o Peixe venceu 37, empatou oito e perdeu 16, um aproveitamento de 65%.
Próximos jogos:
10/08 - Independiente x Inter
14/08 - Bahia x Inter
17/08 - Inter x Botafogo
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Seleção clicEsportes
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Quatro nomes despontam como favoritos para assumir o cargo de técnico colorado
Foto:
Montagem sobre fotos de Valdir Friolin, Emerson Souza, Ricardo Duarte e Flávio Neves
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