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Esportes  | 06/08/2011 08h10min

A polêmica dos esquemas: colunistas comparam o 4-5-1 do Inter com o tradicional 4-4-2

Jornalistas do Grupo RBS falam sobre a predileção do clube em utilizar o esquema com apenas um atacante

Assim como ocorre desde que Celso Roth assumiu o Inter, em meados de 2010, o 4-5-1 virou uma tendência no Beira-Rio. O técnico campeão da Libertadores saiu no início de abril, substituído por Paulo Roberto Falcão. Atualmente, Osmar Loss comanda o time interinamente. Se os técnicos foram modificados, o esquema, porém, permanece inalterado.

Após a saída de Taison, Roth insistiu na mesma forma de jogar. No entanto, Rafael Sobis não conseguia apresentar o seu melhor rendimento na função de terceiro meia por não ser um velocista. Leandro Damião, assim como acontecia com Alecsandro, fica sozinho no meio dos zagueiros. O camisa 9 colorado desabafou ao término da partida contra o Fluminense - derrota por 2 a 0 - na última quinta-feira, no Engenhão:

– Quando chega, é um balão.

Foto: Diego Vara

O jogador até mudou o discurso na chegada da delegação a Porto Alegre na sexta-feira. Mas a distância entre Andrezinho, D'Alessandro e Tinga para o centroavante é visível. Os três não atuaram em suas posições.

Tanto D'Ale quanto Andrezinho têm por característica cadenciar a partida e buscar o passe para os jogadores mais ofensivos. Não são atletas que se infiltram na área. Tinga, por sua vez, marca e avança com a mesma intensidade. Mesmo tendo aparecido por diversas situações dentro da área rival, não tem por costume a finalização.

Foto: Alexandre Loureiro, Fotocom

O Inter segue priorizando a posse de bola. Invariavelmente, o time fica com a bola na maioria dos jogos. A prática, que faz sucesso com o Barcelona e a seleção da Espanha, não tem o mesmo sucesso com os gaúchos porque o time pouco chuta a gol. Oscar e Zé Roberto ainda arriscavam. A convocação do garoto para o Mundial sub-20 na Colômbia e a lesão do meia-atacante - que passou por uma cirurgia de hérnia inguinal na manhã desta sexta-feira e desfalcará o time por cerca de dois meses - deixam a equipe de Loss dependendo apenas dos chutes de Damião.

Para saber sobre o esquema ideal para o Inter, o clicEsportes conversou com os comentaristas do Grupo RBS. Veja o que eles disseram:

Adroaldo Guerra Filho, o Guerrinha - Colunista do Diário Gaúcho e comentarista da Rádio Gaúcha

O 4-4-2 é mais equilibrado. No 4-5-1, vão aposentar o centroavante.

O 4-4-2 deu bons resultados. O time fica muito mais equilibrado e com um poder de fogo maior.

O esquema 4-5-1 até pode ser o esquema preferido de alguns treinadores. Mas é necessário ter dois meias com penetração e com velocidade. O que não é o caso do Inter. Desse jeito, vai aposentar o centroavante (Leandro Damião). Ele é um esquema talhado para se defender após conseguir a vantagem. Precisando do resultado, ele não é bom.

Mauricio Saraiva - Comentarista da RBS TV

Sem um jogador de velocidade, o 4-5-1 já nasce equivocado.

Só vi dar certo o 4-5-1 no Inter quando havia uma peça capaz de transformá-lo em 4-4-2. Era o Taison, então reabilitado por Celso Roth, que fazia o papel de quinto do meio sem a bola e, por conta de sua velocidade, virava atacante quando da retomada. Sem um jogador com esta característica, o 4-5-1 é uma ideia que já nasce equivocada e não funciona.

No Inter, como tem sido usado com mais de um treinador, parece ser um jeito de ver futebol dos dirigentes que repassam a orientação a quem estiver na casamata.

Nando Gross - Comentarista da Rádio Gaúcha

O Inter utiliza um esquema que não respeita as características dos jogadores.

O esquema precisa respeitar a característica dos jogadores. O 4-5-1 do Osmar Loss usa a linha de 3. Mas, se a linha de 3 não tiver um jogador de velocidade, que ataca, como o Taison, não funcionará. A Inter de Milão funciona porque usa o Eto'o, um atacante finalizador e velocista pelos lados, o Pandev pelo outro e o Sneijder como o pensador, deixando apenas o Milito na frente.

O que o Inter coloca em campo não respeita essas características. O time utiliza dois meias e um volante na linha de três. O D'Alessandro não é velocista. Ele é o cara que pensa e cadencia o jogo.

Diogo Olivier - Colunista da Zero Hora

O Inter não pode ter só um jogador para chutar no time.

O esquema ideal é o 4-4-2, mas no losango. O grupo de jogadores foi formado para atuar assim, ainda com o Tite. Precisa ter um atleta na frente da área, dois subindo e voltando e um próximo dos atacantes.

A história de que o importante é o número de jogadores que chegam à frente só existe na teoria. Na hora de concluir, precisa ter alguém com o cacoete. O Andrezinho e o D'Alessandro são armadores e não finalizadores. Não pode ter um só jogador para chutar no time.

 

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