O torcedor não é o único insatisfeito com a fase do Figueirense. O descontentamento com o jejum de vitórias, que já dura seis jogos, chegou à direção. Por entender que os responsáveis pelos resultados compartilham o pensamento, a postura será a de dar apoio à comissão técnica e ao grupo. Por enquanto.

Como a delegação chegou ontem de Salvador, onde perdeu para o Bahia, e amanhã já enfrenta o Botafogo, o jogo é a prioridade. O presidente Nestor Lodetti não quer que qualquer outra situação desvie o foco e disse compreender a cobrança do torcedor.

– A torcida tem razão em não estar satisfeita com os resultados. Ninguém está satisfeito, nem comissão técnica, nem jogadores e nem direção – disse.

Nos bastidores, a impressão é a de que o clube vai esperar o resultado de amanhã para decidir se coloca em discussão uma questão que a torcida já comenta há tempo: a saída do técnico Jorginho, manifestada de maneira mais forte desde domingo em redes sociais na internet.

A diretoria sabe que os alvinegros vão cobrar se o time não vencer no Orlando Scarpelli (e estarão prontos para protestar se o resultado for adverso contra o Botafogo), e isso deve ficar claro para o treinador, hoje, na tradicional reunião das terças-feiras.

– É loucura pensar em troca de técnico agora. Nosso único foco é o Botafogo e vamos dar todo o apoio à comissão técnica – afirmou o gerente de Futebol Chico Lins.

O discurso chega a parecer combinado. O presidente também repetiu que a prioridade é o adversário. Mesmo assim, deixa claro que o técnico Jorginho está sob análise.

– Estamos atentos. Em 18 pontos, somamos três. Vamos fazer nossas avaliações rotineiras com um pouco mais de ênfase – garantiu.

Ontem, no desembarque, Jorginho não concedeu entrevistas. Na Bahia, ele afirmou que em nenhum momento a direção passou intranquilidade e mostrou acreditar na reação.