O abatimento pingava de cada pausa feita pela voz sempre ponderada de Antônio Vicente Martins, na noite de domingo, quando ele atendeu ao telefonema de Zero Hora. Já afastado do cargo de vice-presidente de futebol do Grêmio, Vicente aguardava voo para retornar a Porto Alegre, 24 horas depois da derrota para o Flamengo, no Engenhão. Disse que não foi demitido; pediu demissão.

— O presidente até me pediu para pensar um pouco mais, mas não dava... — contou.

Vicente negou que a malfadada contratação do atacante Wellington Paulista tenha sido a causa derradeira da sua saída (Wellington provavelmente não poderá jogar neste ano pelo Grêmio, porque já passou por outros dois clubes, o Cruzeiro e o Palmeiras).

— Ainda acho que o Wellington poderá jogar pelo Grêmio, sim — observou Vicente.

Em relação a outros dirigentes e do Grêmio, Vicente citou o "fogo amigo": críticas públicas feitas por integrantes da direção, em especial o diretor Eduardo Antonini, responsável pela construção da Arena.

Os ataques dos torcedores nas redes sociais acabaram se tornando decisivos para que o vice de futebol pedisse para sair. O dirigente chegou a ter a família ameaçada.

— Quem é da imprensa é pago para aturar esse tipo de coisa — observou. — Mas eu não.

A tendência é a de que Paulo Odone promova mudanças drásticas. José Simões deverá ser o próximo, e até o diretor executivo Alexandre Faria também corre risco. Nesta segunda-feira, Odone concederá coletiva.

Leia mais na edição de segunda-feira de Zero Hora

>> VÍDEO: Sant'Ana fala sobre a saída de Vicente Martins

Próximos jogos
03/08 - Grêmio x Atlético-MG
06/08 - Palmeiras x Grêmio
14/08 - Grêmio x Fluminense

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