Constantes chegadas e partidas de jogadores têm transformado o estádio avaiano em um verdadeiro aeroporto alternativo. A proximidade da Ressacada com o Aeroporto Hercílio Luz transcende os limites físicos. Ela é capaz de transformar o gramado do estádio em uma hipotética pista alternativa de pousos e decolagens. O movimento nas áreas de embarque e desembarque de jogadores é intenso e parece não ter fim, o que ajuda a justificar a má campanha na Série A.

No mesmo dia em que foram apresentados três reforços (o zagueiro Cláudio Caçapa, o meia Caíque e o volante Marcos Paulo), um jogador deixou o clube (o meia Marquinhos Gabriel, que volta ao Inter) e outro (Fábio Santos) decolou rumo a Salvador (BA), com possibilidade de aterrissar nas próximas horas no Vitória.

Vice-artilheiro do Paulista, Fábio Santos chegou ao Leão antes do Brasileiro e não conseguiu se firmar entre os titulares. Tem sido pouco aproveitado pelo técnico Alexandre Gallo, o que reforça a hipótese de transferência. Certo mesmo é que o entra e sai de jogadores não para e ajustes ainda podem ser feitos em pleno voo.

— Estamos de olho no mercado e não fechamos o ciclo (de contratações). Se aparecer um bom negócio para o clube, vamos atrás — afirmou o gerente de Futebol, Mauro Galvão.

Desde a chegada de Gallo, no dia 14 de junho, 11 atletas foram contratados e dez (caso se confirme a saída de Fábio Santos) foram liberados, emprestados ou devolvidos. Os números da temporada são ainda mais impactantes: 33 jogadores chegaram para defender o clube e 22 – ou 23 – partiram da Ressacada.

Na avaliação de Mauro Galvão, um dos responsáveis pelo planejamento azurra, os ajustes são necessários e ocorrem em qualquer time. Segundo ele, a passagem para as semifinais da Copa do Brasil provou que o Leão tinha um elenco qualificado.

— Muitos dos nossos atletas ficaram valorizados e as mudanças foram inevitáveis. Estamos em busca da regularidade e vamos alcançá-la.