No início da tarde de terça-feira, quando o Inter entrar em campo para enfrentar o Barcelona, na estreia pela Copa Audi, uma doce lembrança terá Abel Braga. Atualmente trabalhando como técnico do Fluminense, Abelão era o comandante colorado na maior conquista da história do clube, em 2006, na final do Mundial de Clubes, disputado naquele ano no Japão.

Passados quase cinco anos do feito, Abel Braga não esqueceu de nenhum momento da campanha que colocou definitivamente o Inter no cenário do futebol mundial:

– Arrisco um 2 a 1 para o Inter. Toda a vez que vejo o Inter jogar, é uma coisa diferente pra mim. Uma relação de respeito e reciprocidade. Um jogo desta estirpe, com milhões de pessoas assistindo, vai trazer uma lembrança boa – disse Abel Braga.

No Fluminense, Abel trabalha com dois jogadores que fizeram parte daquela partida. Edinho, que era o volante do Inter, e Deco, meia do Barcelona naquela época.

– Eu e o Edinho brincamos muito com o Deco. Falamos que eles davam o jogo como ganho e que não deixamos eles jogarem – revela Abel.

O técnico acredita que o Inter entra como favorito na Copa Audi, por estar em meio à temporada e enfrentar adversários que estão apenas começando o trabalho.

– Pro Inter nada é difícil. Os jogadores podem chegar lá e fazer acontecer. Estamos na torcida.

No ano passado, quando Jorge Fossati foi demitido, recebeu um convite de Fernando Carvalho, antes que o clube acertasse com Celso Roth. Abel Braga e Fernando Carvalho conversaram, mas o técnico não tinha como se desligar da equipe nos Emirados Árabes onde trabalhava.

– Quando o Fossati saiu, o Fernando Carvalho me convidou. Mas eu tinha contrato de mais um ano. Não tive como atender. Ele me disse que iria contratar o Roth. Deu certo. Gostaria de encerrar minha carreira no Inter. O que eu sei é que esta identidade com o clube nunca irá terminar.

Abel acredita que, se a diretoria colorada tem confiança no trabalho de Cuca, deve insistir nesta contratação, mesmo que a rejeição da torcida seja muito grande. Em relação ao novo diretor executivo de futebol do clube, Abelão acha que a diretoria colorada marcou um golaço ao contratar Fernandão para o cargo:

– O Fernandão tem o perfil perfeito. o Inter perdeu o Chumbinho, que era integrado. Conhecedor do clube de cima pra baixo. Houve problemas e ele saiu. Pelo que eu tenho ouvido, não teria uma pessoa melhor do que o Fernandão. Vai tornar o vestiário muito forte. Sabe se relacionar e é o maior ídolo do clube. O Inter vai tirar proveito da capacidade do Fernandão – disse Abel.

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