Política | 22/07/2011 16h57min
O ex-diretor de Infraestrutura Rodoviária do Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (Dnit), Hideraldo Caron, afirmou nesta sexta-feira em entrevista ao Chamada Geral, da Rádio Gaúcha, que não houve nenhuma irregularidade na aprovação do contrato de R$ 30 milhões com a prefeitura de Canoas, na Região Metropolitana.
Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o dinheiro teria sido destinado para a construção de casas no município, e não para a melhoria de estradas, área de atuação de seu então departamento. Caron entregou nesta sexta-feira seu pedido de demissão do cargo ao ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, e afirmou estar "muito tranquilo" em relação à própria exoneração.
– Não há nenhuma ilegalidade. Estávamos cumprindo com o licenciamento ambiental – afirmou o ex-diretor à reportagem da Rádio Gaúcha.
Filiado ao diretório do PT no Estado, Hideraldo Caron teria participado pessoalmente das negociações em Canoas, segundo o Estadão. Ele teria inclusive vindo ao RS para assinar os documentos.
Caron afirmou que o pedido de demissão, entregue nesta sexta, não foi motivado pelo veto de sua participação em uma reunião do PAC, nesta quinta-feira, pela presidente Dilma Rousseff. Já em relação às acusações de sua participação em um suposto esquema de cobrança de propina em troca de benefícios em licitações, Caron afirmou que as acusações não têm consistência.
– Eu jamais fui chamado a prestar esclarecimentos [sobre as acusações]. Acho que é esta é a prova de que essas denúncias não têm base real.
O governador do Estado Tarso Genro criticou nesta sexta-feira as acusações feitas a Caron pelo jornal O Estado de São Paulo, e lamentou a demissão do petista da pasta dos Transportes.
Caron (foto) negou qualquer irregularidade na aprovação do contrato de R$ 30 milhões com a prefeitura de Canoas
Foto:
Fernando Ramos
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Agencia RBS
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