Em 10 rodadas do Brasileirão, o Grêmio ocupa a 13ª posição na tabela, com apenas 12 pontos. O aproveitamento é de 40%. São três vitórias, três empates e quatro derrotas. A proximidade maior com a zona de rebaixamento do que com a almejada zona da Libertadores preocupa. E não preocupa só a torcida. O técnico Julinho Camargo comentou em sua entrevista coletiva nesta sexta que o grupo de jogadores sente o peso da pressão por melhores atuações e resultados.

— O jogador vai a campo com esse peso. O torcedor tem que saber. Uma das coisas que eu fiz no vestiário foi acalmar os jogadores aqui no intervalo contra o Coritiba, por exemplo, porque em determinado momento a bola estava queimando — lembrou, sobre o jogo anterior ao da última quarta.

— Tinha que ganhar do Figueirense? Tinha. Mas se emendarmos uma sequência de vitórias em casa e ponto fora, ajuda a dar tranquilidade — completou o treinador, já sobre a última partida em Florianópolis.

A meta estipulada é garantir uma sequência de vitórias dentro do Olímpico e sempre pontuar fora, mesmo que seja um ponto. Desta maneira, Julinho acredita que logo o time sobe na tabela e o grupo - além da direção e da torcida - passará a respirar mais aliviado.

— Hoje não sei pelo que vamos brigar, eu quero brigar lá para cima. Mas só vamos ter essa condição se fizermos aquilo que eu venho falando. Temos que ter calma e inteligência para fazer as coisas andarem corretamente. Porque o vestiário está machucado. O clube é forte, tem uma torcida maravilhosa — disse.

Treinador da escola gaúcha, Julinho pensa como a maioria: garantir um sistema defensivo sólido para, em seguida, investir na parte ofensiva. Em três jogos à frente da equipe tricolor, contra Cruzeiro (derrota), Coritiba (vitória) e Figueirense (empate), o comandante ainda tem trabalha para corrigir erros.

— Sou um treinador gaúcho, que geralmente começa de trás para frente, o que mais me deixa tranquilo agora é que não estamos tomando gol, e quero mais segurança. Precisamos melhorar na transição de meio e ataque, e ter uma posse de bola maior para poder respirar — avaliou.

Críticas do vice Antônio Vicente Martins ao desempenho do time

Para o vice de futebol Antônio Vicente Martins, que não viajou com a delegação para Florianópolis devido a uma lesão que sofreu jogando futebol, o Grêmio deixou a desejar. Na opinião dele, o time tem muito o que melhorar.

— Não temos tido boas atuações e nem bons resultados. Precisamos melhorar muito se almejarmos alguma coisa ainda no campeonato — apontou o dirigente nesta última quinta.

Durante sua entrevista, Julinho foi questionado sobre as declarações de Vicente. Ele concorda. E esclarece que não saiu de Florianópolis comemorando o empate com o Figueirense, mas sim o fato de ter conquistado um ponto na casa de um adversário que estava invicto em seus domínios.

— Estamos passando ainda por altos e baixos, o próprio jogo com o Coritiba, que ganhamos, o primeiro tempo foi irregular. Entendo quando o Vicente coloca isso — disse. — Conversei com os jogadores depois do jogo, gosto de ter esse feedback. São pequenas coisas que estamos tentando melhorar. Acho que a nossa equipe, em alguns momentos, rouba e entrega a bola de forma muito fácil, e nossa equipe tem maturidade suficiente para saber fazer isso — completou.

O próximo adversário tricolor é o América-MG, no Olímpico. Até lá, Julinho Camargo define se escala Lúcio desde o início, e se na lateral-esquerda ou no meio. Victor volta ao gol naturalmente.

Próximos jogos:
27/07 - Grêmio x América-MG
30/07 - Flamengo x Grêmio
03/08 - Grêmio x Atlético-MG

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