Seis anos após o ex-vice de finanças Tulio Macedo admitir que o Grêmio vivia uma situação "praticamente falimentar", o clube já vislumbra um período em que o equilíbrio das contas será uma realidade. Só que, em nome da redução do déficit,  a direção abdica de investimentos mais vultosos na contratação de reforços.

A manifestação de Tulio foi feita em 2005, ano em que as dívidas trabalhistas subtraíam a maior parte das receitas geradas pelo futebol. Ficou famosa a frase em que o ex-dirigente dizia existir um esqueleto em cada armário. Tratava-se de uma referência a jogadores que acionavam o Grêmio na Justiça em busca de obrigações financeiras não cumpridas. Era comum ver oficiais de Justiça circulando pelo estádio em dia de jogos para penhorar as rendas.

Criado naquele mesmo ano, o "Condomínio de Credores" é uma prova de que as dívidas já foram mais assustadoras. Quando começou, o Condomínio tinha uma dívida superior a R$ 30 milhões com ex-jogadores, investidores e empresários. Hoje, dois terços da dívida já foram liquidados. Restam cerca de R$ 8 milhões por serem quitados.

– Com uma ou duas vendas de jogadores, zeramos o Condomínio – projeta o executivo-financeiro Mauro Rosito, que passou pelas últimas três gestões.

Também foram saldadas outras pendências de porte elevado, como a do ex-jogador Zinho, que não aceitou aderir ao Condomínio. Em 2009, com Duda Kroeff, foi acertada uma dívida de R$ 7,5 milhões. 

Leia a íntegra desta notícia na Zero Hora desta quarta.