O empate com o Avaí na noite desta quarta-feira, no Estádio Olímpico, foi o estopim. A crise no Grêmio tomou proporções que atingiram diretamente o ídolo e técnico Renato Portaluppi, que pediu demissão após a partida. Em reunião que define nesta quinta o futuro do clube, os dirigentes já deverão começar a pensar nos nomes que podem assumir o Grêmio para o restante do ano.

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Entre os técnicos sondados, Cuca, Adilson Batista, Dorival Júnior, Diego Aguirre e Celso Roth. Abaixo, o perfil dos treinadores cotados para assumir o Grêmio nos próximos dias.


Cuca — Já treinou o Grêmio em 2004. Teve passagens marcantes por Botafogo e Fluminense. No Tricolor carioca, ganhou da matemática ao salvar o Flu do rebaixamento (a probabilidade era de 99%, em 2009). No Cruzeiro, time que deixou na quinta rodada deste Brasileirão, esteve no comando por 60 jogos. E o saldo foi positivo: 37 vitórias, 11 empates e 12 derrotas. Um aproveitamento de 67,78%.

Adilson Batista — Identificado com o Grêmio, o Capitão América de 1995 (capitão do time campeão da Libertadores daquele ano), Adilson Batista, viveu seu melhor momento no Cruzeiro, entre 2008 e 2010. Em 2009, foi à final da Libertadores e ficou com o vice-campeonato ao perder para o Estudiantes de La Plata. Teve passagens apagadas por Santos e Corinthians recentemente, e deixou o comando do Atlético-PR depois de 17 partidas, com sete vitórias, quatro empates e seis derrotas.

Dorival Júnior — Atualmente, faz campanha regular no Atlético-MG no Campeonato Brasileiro (é 11º colocado com oito pontos). Destacou-se no Vasco de 2009, quando levou o time ao título da Série B e o trouxe de volta à elite do futebol nacional. Em 2010, conduziu o Santos ao título da Copa do Brasil e do Paulistão em um time que jogava — e ainda joga, agora sob comando de Muricy Ramalho — um futebol envolvente, de muita marcação do meio para trás e bastante ofensividade do meio para frente.

Diego Aguirre — Ex-jogador do Inter, do São Paulo e da Portuguesa no Brasil, Diego Aguirre foi o autor do gol do último título da Libertadores do Peñarol, em 1987. Este ano, levou o mesmo Peñarol — um time limitado e que fez uma primeira fase bastante irregular — à final da competição continental. Perdeu para o Santos, mas eliminou todos os adversários anteriores fora de casa, inclusive o então atual campeão, Inter, e outros dois candidatos ao título: Vélez Sarsfield, da Argentina, e Universidad Católica, do Chile.

Celso Roth — O mais criticado técnico da história do futebol gaúcho sofre restrição da maioria dos admiradores do esporte no Rio Grande do Sul. Destacou-se no Inter de 1997, conquistando o Campeonato Gaúcho e levando o time à terceira colocação no Brasileiro daquele ano. Fez boa campanha com o Grêmio, em 2008, mas não conquistou o título. Ganhou a Libertadores com o Inter, em 2010, depois de assumir o time a partir da fase semifinal.