Turbulenta. Assim pode ser conceituada esta quinta-feira no Estádio Olímpico, após o empate com o Avaí, em 2 a 2, na noite de ontem, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. Após o jogo, dirigentes e o técnico Renato tentaram explicar a série de insucessos em 2011 e a campanha ruim na competição. E o técnico, por sua vez, pediu demissão. O presidente Paulo Odone disse que a decisão ficaria para hoje, em uma reunião que deveria ocorrer até o final desta manhã. Até o momento, no entanto, ninguém no Grêmio sabe informar se houve alguma definição a respeito do caso.

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O celular do presidente Paulo Odone segue desligado e o vice-presidente de futebol, Antônio Vicente Martins, não responde às chamadas. O único dirigente a atender à reportagem do clicEsportes foi o assessor de futebol José Simões, que disse que não poderia falar nada no momento da ligação por estar em seu escritório, resolvendo problemas profissionais. Ele informou, também, que irá ao Estádio Olímpico até o final desta manhã, período em que os dirigentes do Grêmio devem se reunir para definir o futuro do clube.

No Olímpico, reunião definirá saída de Renato

> ÁUDIO: Escute o que disse Paulo Odone
> ÁUDIO: Escute o que disseram Renato e Vicente Martins

Na entrevista coletiva de ontem, Odone, o vice de futebol Antônio Vicente Martins e Renato proferiram frases que atestam as possíveis mudanças que devem ser discutidas na reunião desta manhã no Estádio Olímpico.

— Pode se mudar não mudando. Temos que conversar, vamos discutir com a diretoria, com a comissão técnica, mas queremos tomar qualquer decisão com a cabeça fria — disse o vice de futebol Antônio Vicente Martins.

Já o presidente Paulo Odone salientou o mau momento:

— O Grêmio não pode ter esse currículo na frente da sua torcida, o Grêmio não pode deixar de ganhar em seu estádio, a constância é que dentro do Olímpico tem que ser imbatível. É um problema grave que estamos enfrentando.

O treinador Renato, que colocou o cargo à disposição, desculpou-se com o torcedor e ressaltou que há muito campeonato pela frente. No entanto, falou que não está preocupado e comentou novamente sobre a "tempestade em copo d'água" que a imprensa estaria fazendo baseada na situação do time.

— Lógico que a gente quer ganhar e subir na tabela. Mas para quê tanto desespero? Eu não estou desesperado, confio na força do grupo, na diretoria, na torcida. Lógico que não vou me acomodar, mas é muita tempestade num copo d'água — disse.