Confira a seguir a entrevista que o presidente do Avaí, João Nilson Zunino, concedeu ao jornalista Jean Balbinotti, do Diário Catarinense.

Diário Catarinense — O senhor está preocupado com o atual momento do Avaí no Brasileiro?
João Nilson Zunino — Como qualquer torcedor, estou preocupado. O momento é ruim e precisamos tomar cuidado, mas ainda não é a hora de entrarmos em desespero. Tenho certeza de que iremos nos recuperar.

DC — É verdade que foi estipulado um prazo para o técnico Gallo fazer a equipe vencer?
Zunino — Não é. O Gallo comandou a equipe em dois jogos apenas, é muito cedo, ainda, para qualquer análise. Pelo que eu tenho visto nos treinos, o trabalho dele é muito bom. O problema é que quando o time não ganha, surgem conversas de todos os lados. Se a gente demorar para vencer, não é só o técnico que corre riscos. Todo mundo terá que ir embora.

DC — Se o trabalho é bom, por que as vitórias estão distantes?
Zunino — Tivemos alguns problemas sérios de contusões, jogadores chegando e o time encontrando dificuldades para mostrar um bom futebol. Isso atrapalha. Precisamos continuar acreditando. Quando o Avaí vai mal e todos pensam que o pior vai acontecer, aí é que conseguimos dar a volta e surpreender.

DC — Há divisão dentro do grupo, com jogadores contrários à metodologia de trabalho de Gallo?
Zunino — Eu desconheço, embora a gente saiba que quando o trabalho proposto é forte, de cobrança, algumas pessoas ficam insatisfeitas.

DC — O que precisa ser feito para acabar com a má fase?
Zunino — Estamos tentando de tudo. Fizemos reuniões para aparar as arestas e propor a união de todos os setores dentro do clube. Só assim teremos chances de sair desta situação. É preciso unir forças.

DC — Como o senhor interpreta as cobranças da torcida?
Zunino — A nossa torcida é bastante exigente e cobra com justiça. Se o time vai mal, é normal isso ocorrer.

DC — Virão reforços?
Zunino — É possível que venham pelo menos mais dois jogadores.