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 | 27/06/2011 22h36min

Volante do Avaí dispara: 'Eu não tenho mais ambiente para trabalhar com o Gallo'

Marcinho Guerreiro desabafou em entrevista nesta segunda

As mudanças promovidas pelo treinador Alexandre Gallo têm repercutido na Ressacada. Desde a chegada do novo técnico, Marcinho Guerreiro, capitão do Avaí e considerado um dos líderes do grupo, perdeu espaço no time. Na primeira semana, treinou entre os reservas, mas acabou entrando como titular contra o Palmeiras devido a suspensão de Rafael Coelho pelo STJD. Diante do Fluminense, o volante figurou no banco de reservas.

Nesta segunda-feira, dia 27, na reapresentação do time na Ressacada, Marcinho jogou no segundo time reserva, com os juniores. Ele ficou isolado no intervalo do tático, sentado de cabeça baixa. Ao final do trabalho, jogou o colete ao chão e não atendeu a ordem do auxiliar técnico Maurício Copertino para retornar e finalizar o alongamento.

— Hoje (segunda-feira) foi uma situação complicada no treinamento. Ontem já fiquei um pouco chateado por ter ficado no banco, mas respeitando a opinião do treinador, mas hoje acabei não participando do alongamento, não atendendo os chamados do preparador físico — explicou o volante, em entrevista ao repórter Alisson Francisco, da rádio Guarujá.

Confira os principais trechos da entrevista:

Mudanças no time

— A gente respeita a opinião do treinador, a gente é profissional. Eu nunca tive nenhum problema com nenhum treinador principalmente quando se trata de Avaí e, infelizmente, o que eu vi hoje me deixou muito chateado. Nada contra a molecada dos juniores, mas ser um jogador do profissional e treinar no meio dos juniores, o ex-capitão da equipe, é demais. Então acabou acontecendo aquilo eu fiquei muito triste, eu não concordo com a direção do nosso treinador e vou ter uma conversa com a diretoria para resolver a minha situação. Ficar no elenco como eu estou, da maneira que eu estou, eu prefiro não participar. Se for para ajudar eu quero estar junto.

Você tem ou já teve algum problema com o Gallo?

— Não, pelo contrário, Sempre o admirei como treinador. Não tenho nada contra, nunca trabalhei com ele, só de trabalhar contra, jogar contra. Infelizmente não estou entendendo o que está acontecendo. Primeiro ele chega num clube em que existe um capitão, existe um líder, que tem o  respeito do grupo, da diretoria e do torcedor. Simplesmente chega num dia, no outro ja me tira do time, me coloca no banco. Ele não me deu nenhuma satisfação, simplesmente ele me tirou do time, e agora no treinamento de hoje. Treinar no terceiro time, um cara que era capitão, líder do time, é inadmissível.

Gallo está agindo por conta própria?

— Acho que sim. O Avaí sempre teve grandes profissionais, pessoas de bom caráter, os treinadores que passaram por aqui sempre foram "sujeito homem". Então, da maneira que ele está agindo acho que foi por conta própria, não acredito que tenha sido de outra maneira, ou interferido por alguém da diretoria, ou por quem quer que seja. Ele simplesmenrte está fazendo o que ele bem entende. Tomara que as coisas dêem certo, que sejam da melhor maneira possível, para que o Avaí saia dessa situação. Eu não tenho mais ambiente para trabalhar com o Gallo. Porque um treinador que chega e faz o que ele fez comigo hoje, então não tem mais o que eu falar. Então eu prefiro ficar de fora, torcendo para que as coisas dêem certo do que ficar atrapalhando. Estou desabafando tudo o que eu passei nessa tarde. Eu não digo pelo banco, pelo jogo não, eu digo por hoje. Já saiu a relação dos jogadores que vão para Porto Alegre e eu não estou convocado, outra situação inédita para mim aqui no Avaí, então dessa maneira fica dificil trabalhar com ele.

Clima no vestiário

— É dificil falar. Eu realmente estou desabafando, mas a situação não é das melhores. Claro que o elenco, pelos resultados que estão acontecendo, o clima não é dos melhores. Aconteceu aquilo com o Emerson Buck também, eu não vejo por esse lado, não adianta você ficar colocando culpa na preparação física se dentro de campo as coisas também não estão acontecendo. Então eu acho muito fácil ficar colocando a culpa nos outros. Tem hora que eu tenho vontade de falar muitas coisas, mas tenho que ficar quieto para não piorar mais o clima do que já está. O clima está realmente muito complicado.

Grupo está rachado, comissão técnica e diretoria também?

— É difícil falar que está rachado, o que posso dizer e afirmar é que as coisas não andam boas pro lado do Avaí. Está muito complicada a situação dentro e fora de campo. Se eu for falar tudo o que eu sei e que eu vejo é muito complicado. Então tem hora que a gente tem que ficar quieto porque o momento não é bom e o que eu menos quero nesse momento é atrapalhar alguma coisa em termos de Avaí. O que eu mais quero é que o Avaí saia dessa situação, que o Avaí dê a volta por cima, mas da maneira que está, do jeito que está, está muito complicado.

Tudo isso é reflexo da campanha na Série A?

— Com certeza. Existe um planejamento, condições boas dentro de campo. O que está acontecendo dentro de campo com o Avaí eu não acho que é só dentro de campo. Tudo o que está acontecendo nesses últimos dias no Avaí está refletindo dentro de campo. Se as coisas estivessem bem fora de campo, os resultados dentro de campo poderiam estar acontecendo.



                   

 
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