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 | 27/06/2011 19h59min

William, do Avaí: "É momento de se calar, de falar na hora certa e trabalhar"

Atacante acredita em vitória sobre o Grêmio na quarta-feira

Melissa Bulegon  |  melissa.bulegon@diario.com.br

Em seis partidas disputadas no Campeonato Brasileiro, o Avaí coleciona cinco derrotas e um empate. O novo capitão do Avaí não esconde o descontentamento com o momento do clube. Mesmo assim, William viu evolução no time na derrota para o Fluminense: 

— Eu sei o que o torcedor avaiano está sentindo. A gente sente também. Ontem eu cheguei em casa e fiquei até uns 40 minutos sem conversar com minha esposa direito porque não tinha caído a ficha ainda. Mas creio que buscamos o gol ontem de todas as formas, infelizmente não tem acontecido e acabamos tomando um gol, mas sabemos que temos que jogar muito mais para conseguir sair dessa situação — ressalta.

O atacante concorda que não é externando os problemas que o grupo vai demonstrar que está fechado no objetivo de tirar o Avaí da incômoda lanterna da competição. 

— É um momento de se calar, de falar na hora certa e trabalhar para não deixar esses problemas crescerem cada vez mais aqui dentro. Temos que ficar tranquilos, sabendo que depois de um período de grande dificuldade vamos crescer. Falei no vestiário antes do jogo que não é o quanto a gente bate, mas o quanto a gente consegue apanhar, o quanto suporta. Creio que vai chegar um momento que vamos começar a bater também. E depois quando começarmos a bater vai ser pesado — avisa.

A delegação do Avaí viaja na manhã desta terça para Porto Alegre, onde enfrenta no dia seguinte o Grêmio, às 19h30min, no Estádio Olímpico. Apesar de considerar um adversário muito difícil e que também precisa de um bom resultado, o atacante avaiano acredita que a primeira vitória na competição possa vir diante do Tricolor gaúcho. 

— Temos que ir devagar e, aos poucos, reconquistando a confiança e creio que a vitória vai vir. Creio que agora contra o Grêmio ela virá. Sei que é muito difícil jogar lá, é um time de muita pegada e força, que vive um momento ruim, mas temos que ter essa tranquilidade que, se não der para ganhar, um empate não é mau resultado — analisa.

Confira outros trechos da entrevista com William:

Condicionamento físico da equipe debilitado
Respeito a parte física, mas não gostaria de entrar nesse quesito porque não cabe a mim responder sobre isso. O pessoal aí tem todos os dados dos atletas, de quem está bem e quem não está. A gente já tem muito fogo aqui, nossa fogueira está muito acesa, está pegando fogo. E se acender mais ela vai complicar ainda mais a nossa situação. Então não cabe a mim, tem os preparadores físicos, tem o Gallo que podem avaliar e detectar se é isso mesmo. Procuro deixar para eles responderem.

Mudanças no time
Houve uma mudança repentina de muitas coisas dentro do clube mas nós jogadores procuramos passar dentro do vestiário que isso não cabe a gente. Temos que fazer a nossa parte que é jogar. Essas coisas atrapalham? Atrapalham sim. E tem jogadores que sentem mais. Eu particularmente procuro esquecer o que está acontecendo, se é mudança de diretoria, se é afastando de um ou outro atleta. Ficamos chateados mas procuramos esquecer porque o futebol segue, o Avaí precisa se levantar e a gente tá no encargo de fazer isso.

Clima no vestiário
O clima não é bom porque as derrotas estão acontecendo. A hora em que as vitórias começarem a acontecer o clima vai ficar melhor. Mas a gente procura a cada dia fazer com que não piore. O descontentamento do vestiário é pelas vitórias não estarem acontecendo e isso tem que existir porque o atleta, se estiver perdendo e estiver contente, alguma coisa está acontecendo de errado.

Comprometimento dos jogadores
Se eu perceber que tem um companheiro que não está comprometido, que está fazendo corpo mole, eu vou dentro dele porque ele não está só prejudicando o Avaí, está prejudicando o elenco, o meu filho que está em casa. Eu sou um dos primeiros a ir falar assim: você pode ir embora, pode sair daqui porque aqui você não vai ficar porque aqui dentro tem que ter jogador comprometido e que quer tirar o time dessa situação.

Busca pela reação
Tenho pedido muito e orado para Deus para que a gente possa reverter isso aí. Mas é com trabalho, não adianta. Se você não trabalhar, não focar num objetivo e for atrás não tem como você conseguir.


                   

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