A dois pontos do G-4 e com o segundo melhor ataque do Brasileirão, o Inter tem ainda mais a comemorar depois da goleada sobre o Figueirense por 4 a 1, no último domingo. O bom futebol da equipe fortaleceu a parceria entre D'Alessandro e Oscar no meio-campo. A dupla iniciou três jogos (duas vitórias e um empate), o equivalente a 77% de aproveitamento ou ao 3º lugar na tabela.

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Antes do Figueirense, D'Ale e Oscar dividiram tarefas no meio-campo na vitória sobre o América-MG por 4 a 2 e no empate em 2 a 2 com o Palmeiras. Contra o Coritiba, Falcão deixou Oscar no banco e colocou o volante Glaydson, a fim de proteger a defesa. Neste domingo, no entanto, o Inter precisava agredir o Figueirense, só interessavam os três pontos em casa. Para o retorno de Oscar ao lado do argentino, Falcão precisava corrigir o distanciamento entre os meias, situação que havia gerado críticas da torcida diante do Palmeiras.

Tudo acabou ajustado no treino fechado da sexta-feira passada. Mais próximos, naturalmente construíram boas jogadas sobre o clube catarinense. O segundo gol do time serve como exemplo mais contundente: após lançamento por cobertura de D'Alessandro, Oscar matou a bola no peito e fuzilou o goleiro.

— Centralizei mais eles (D'Ale e Oscar) pelas circunstâncias do jogo. Quando você consegue reunir jogadores de qualidade no mesmo setor, as coisas ficam facilitadas — elogia Falcão.

— Nós dois somos parecidos, procuramos jogar juntos e ele deu um belo passe para mim — atesta Oscar.

Oscar pega de primeira e faz belo gol depois de passe de D'Ale
Foto: Diego Vara

Além da jogada em combinação deste domingo, Oscar já havia marcado duas vezes e D'Alessandro também deixara o seu gol diante do América-MG (cabe à dupla um terço dos gols do time no Brasileirão). No entanto, mais do que efetividade ofensiva, Falcão comemora o empenho tático da parceria. Elogiou Oscar na entrevista coletiva após o jogo, disse que está melhorando muito nos treinos. Ciente de que não pode prendê-los em demasia nas tarefas destrutivas, o técnico pede uma dedicação de 30% à marcação.

— Eu dou muita liberdade a eles. Só peço que fechem mais os espaços para não sobrecarregarem o Guiñazu e o Tinga. Não quero que deem carrinho. Espero que, em 70% do tempo, joguem bola.

Pelo lado esquerdo, Oscar travou um duelo particular com Bruno, lateral-direito do Figueirense. Bom apoiador, Bruno sofreu com as investidas do meia colorado — com e sem a bola.

— Eu treino bastante a parte da marcação e roubei bastante bola hoje (domingo) — analisou Oscar. — O lateral deles apoiava bastante e eu consegui segurar.

A afinação de D'Alessandro e Oscar é endossada pelo presidente Giovanni Luigi, satisfeito com o empenho de ambos no combate.

— Estávamos ganhando por 3 a 0 e quantas vezes vi o D'Ale e o Oscar vindo ajudar a marcação. Mesmo ganhando e fazendo uma boa partida, existe essa solidariedade.

Mesmo sem entrar em detalhes sobre o time que enfrentará o Atlético-MG na quinta-feira, Falcão deve manter as mesmas peças e esquema. Apesar do esforço da direção em tentar a liberação de Oscar e Juan do Mundial sub-20, a tendência é de que sejam desfalques a partir de 4 de julho, o que pode significar até 14 jogos, sendo 11 deles no Brasileirão. Com isso, o confronto com o Galo será uma despedida momentânea da parceira entre D'Ale e Oscar. Se o retrospecto for mantido, a dupla vai deixar saudades.

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