Comedido, sem deslumbramento, mas feliz. Assim Falcão se apresentou à entrevista coletiva após a goleada sobre o Figueirense neste domingo, que encerrou um jejum de dois meses de insucessos no Beira-Rio. Aliviado por estancar as vaias da arquibancada, o técnico reservou boa parte de suas intervenções para elogiar o grupo de jogadores. Da postura tática em campo ao profissionalismo fora dos gramados, Falcão exaltou seus comandados.

— Quando você cria e os gols saem, as coisas ficam facilitadas — argumenta. — Há bastante tempo temos uma sintonia (em relação aos jogadores). Não preciso ficar gritando com eles, são extremamente profissionais. Já tivemos outros momentos bons de felicidade, mas hoje tivemos um pouco mais.

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Falcão reiterou a sua posição de que o único resultado anormal até agora no Brasileirão se deu na derrota diante do Ceará, no Beira-Rio, na segunda rodada. 

— O grande desafio é construir o time com poder de marcação e saída rápida. Há momentos em que a gente consegue, em outros não — justifica-se.

Além de exaltar seus comandados, Falcão lembrou a torcida, que tanto o criticara nas últimas semanas. Dizendo-se preocupado com o sentimento com os quais os torcedores saem de campo a cada jogo, o técnico entende que neste domingo não há motivos para preocupação.

— Hoje, eles devem ter saído felizes, como a gente.

Ainda no clima de tranquilidade que se espalhou pelos corredores do Beira-Rio com a goleada, Falcão disse que tinha certeza de uma boa apresentação na equipe. O bom ambiente da semana foi fundamental para isso. Segundo o técnico, o treino de sábado fora muito divertido, assim como a chegada da delegação no Beira-Rio nesta tarde.

Ao projetar a rodada seguinte, seu semblante volta a se fechar. Pondera que o "futebol é assim mesmo", mal se conquista uma boa vitória e já é preciso pensar no próximo compromisso. Falcão prevê dificuldade contra o Atlético-MG, em Minas, na quinta-feira. O Galo está a um ponto do Inter, na 10ª colocação. O Colorado chegou aos nove pontos e sustenta o nono posto. Falcão considera precipitada qualquer avaliação sobre as condições do time de chegar ao G-4. Crê que apenas a partir do segundo turno seja possível dimensionar o real potencial de cada clube.

— Vamos deixar para fazer as contas lá no final.

Depois da boa atuação deste domingo, a torcida, que não parou de cantar a apoiar o time no Beira-Rio contra o Figueirense, só quer saber de um cálculo: contar e recontar os quatro gols marcados nesta noite e que lhe devolveram a empatia pelo time.

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