Muriel ainda não se considera titular do Inter. Ou pelo menos ainda não se sente assim. Na entrevista coletiva após o treino técnico desta quinta, o goleiro colorado ainda usa o condicional "se" para projetar a partida de domingo com o Figueirense, às 18h30min, no Beira-Rio. Mas já sabe que comportamento adotar para dar sequência com a camisa 1:

— Se eu for jogar, devo entrar tranquilo novamente. É difícil chegar à titularidade, mas é mais difícil ainda se manter. Sei que um dia vou falhar, mas é da posição. Quando se entra em campo devemos esquecer o jogo que passou e fazer uma história nova — disse.

Mesmo sabendo que erros são inerentes à posição, Muriel garantiu um bom crédito com a torcida. Na partida do domingo passado com o Coritiba, o goleiro teve um belo desempenho e fez uma sequência de defesas de duas bolas dificílimas. Mesmo com o Inter cedendo o empate de 1 a 1, Muriel foi apontado pelos companheiros como o melhor em campo. O apoio e o incentivo também partiram dos colegas que já passaram pela posição.

— Goleiro é uma classe muito unida. A gente treina separado, fica mais tempo junto do que com os outros jogadores. Conheço o Renan há anos, desde a base, assim como o Agenor. O Renan e o Lauro, que têm mais experiência, passaram muita tranquilidade e me ajudaram. Sou muito grato a eles — revelou Muriel.

Na tarde desta quinta, Muriel foi um dos primeiros a deixar o gramado suplementar C, onde o Inter treinava. Geralmente os goleiros são os últimos a sair. Mas ele tinha um bom motivo: chegar a tempo na boca do túnel do gramado principal para acompanhar a decisão por pênaltis do Gre-Nal de juniores. Alisson, goleiro colorado da categoria, é irmão de Muriel. Deu sorte. O garoto de 18 anos defendeu um pênalti e garantiu a presença do Inter na decisão.