A diretoria do Peñarol enviou um documento oficial à Conmebol pedindo uma punição ao técnico do Santos, Muricy Ramalho. O documento assinado pelo dirigente Gervasio Gedeanke critica as reclamações do treinador ao árbitro Carlos Amarilla após o cartão amarelo dado a Neymar, por simulação de falta, durante o empate entre os dois times na ida pela final da Copa Libertadores.

Depois, Muricy chamou Elano e pediu para que ele fosse contestar o cartão e perguntar se o árbitro expulsaria Neymar. Na entrevista coletiva após o empate por 0 a 0 no Estádio Centenário, ele reforçou a bronca com a atitude de Amarilla.

— Agora, a moda é pegar o Neymar e meter o cartão. No Brasil e Holanda ele fez igual. Ele é leve demais, vai ficar como em pé? Não foi falta, tudo bem, mas não precisa de cartão — protestou.

Confira trechos da carta enviada pelo Peñarol:

"(...) Sua atitude, realmente insólita estava notoriamente dirigida a pressionar o juiz e também a gerar no público brasileiro a sensação de estar diante de uma sanção injusta. (...) Ele se dirigia ao árbitro, enquanto era filmado pela televisão brasileira, reclamando por causa do jogador Neymar. Exigia, com voz alterada, saber se ele (Amarilla) iria expulsá-lo, depois de ter levado um cartão amarelo por uma notória simulação, que se repetiu várias vezes durante a partida. Alegava, inclusive, que se pretendia impedir que, por uma suspensão, o referido jogador não poderia participar do segundo jogo final (...) Neste contexto, a atitude do Sr. Ramalho merecia uma série sanção e adoção de medidas preventivas que impeçam atos dirigidos a incitar o público a reações que podem ser fatais".