Esportes | 03/05/2011 09h12min
Dois dias após o clássico Gre-Nal 385, cresce a polêmica envolvendo o local da cobrança das penalidades. A orientação que Márcio Chagas teria recebido da Brigada Militar sobre o local para bater os pênaltis foi desmentida pelos responsáveis pelo policiamento da partida.
O capitão Fernando Maciel, do 1º Batalhão de Operações Especiais, comentou o caso no Twitter:
– O trio de arbitragem do Gre-Nal contrariou orientação da BM para que os pênaltis fossem cobrados no (gol) inverso.
Procurado pelo clicEsportes, o capitão confirmou a informação. Afirmou que os árbitros procuraram o policiamento para saber qual seria o melhor local. Maciel explicou que a goleira do Placar Eletrônico, reivindicada pela direção colorada, onde estava a Popular, era a indicada por causa da segurança:
– Eles indagaram e comentamos sobre qual achávamos melhor. Se houvesse vitória ou derrota do Grêmio, aquela parte seria a mais vulnerável por causa das obras no estádio.
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Maciel afirmou que, após o jogo, a torcida gremista tentou invadir o gramado. O efetivo, entretanto, conseguiu evitar o tumulto.
Outro dos responsáveis pelo policiamento da partida, mas que preferiu não se identificar, corroborou a história. Afirmou ter sugerido que as cobranças deveriam ocorrer no Portão 7, mas disse não saber por qual razão bateram no 3.
– É mentira a informação de que teríamos orientado as cobranças na goleira em que estava a torcida do Grêmio. Eles (o trio de arbitragem) mudaram o lugar deliberadamente. Acatamos e colocamos naquele local a segurança necessária.
Antes da cobrança dos pênaltis, ocorreu uma invasão do campo. Dirigentes do Inter (Roberto Siegmann, Cuca Lima, Newton Drummond), do Grêmio (Antônio Vicente Martins) e o presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Noveletto, estavam no local em que só deveriam permanecer os atletas. O vice de futebol colorado, Roberto Siegmann, criticou duramente o árbitro, acusando-o, inclusive, de gremista. A irritação era nítida em cada palavra por conta da decisão do local das penalidades.
Na ocasião, Márcio Chagas afirmou ter cumprido recomendação da CBF e da FGF em conjunto com o policiamento. Na súmula entregue pelo árbitro na última segunda-feira, relatou a confusão ocorrida após a vitória colorada na decisão por pênaltis, mas evitou citar nomes. Segundo o documento, o juiz não conseguiu identificar quem estava envolvido.
Siegmann demonstrou muita irritação com a escolha do local das penalidades
Foto:
Diego Guichard
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Agência RBS
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