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 | 29/04/2011 15h30min

Especial: retrospectiva do Figueirense no Campeonato Catarinense 2011

Favorito ao título, Alvinegro não correspondeu à expectativa

Felipe Albertoni  |  felipe.albertoni@rbsonline.com.br

Tão perto e ao mesmo tempo tão longe. O Figueirense tinha tudo para voltar a vencer o primeiro título catarinense desde 2008 e, de quebra, impedir o grande rival Avaí de buscar o tricampeonato — o time da Ressacada vai enfrentar a Chapecoense na final do returno, em busca da chance de disputar com o Criciúma o troféu do torneio de 2011.

Com o time em alta após a 2ª colocação na Série B do ano passado — e o retorno à Primeira Divisão do Brasileirão —, a torcida tinha grandes expectativas para este Estadual. Deu (quase) tudo errado.



Da euforia à decepção
 
Time de melhor campanha no 1º turno, o Figueira perdeu em casa a final para o Criciúma e desperdiçou a chance de garantir vaga na decisão do Catarinense, o que resultou na demissão do técnico Márcio Goiano. O presidente Nestor Lodetti definiu: 'ganhar o returno é obrigação', e contratou o tetracampeão Jorginho, auxiliar de Dunga na Copa de 2010, para cumprir a tarefa.

Ele chegou pressionado e conquistou aos poucos a confiança da torcida, principalmente após derrotar o Avaí em plena Ressacada. A derrota na semifinal do 2º turno, no Orlando Scarpelli, diante do mesmo Avaí, no entanto, tirou o Furacão do Catarinense. A julgar pelo o que se ouve dos fãs, a confiança deles na equipe também voltou à estaca zero com o revés inesperado. É na Série A do Brasileirão que o Figueirense terá a chance de voltar a fazer seu torcedor sorrir.

O início

O time titular era basicamente o mesmo que fez sucesso na Série B do Brasileirão em 2010, do goleiro Wilson ao atacante Reinaldo. Alguns atletas — o lateral Lucas, o zagueiro João Filipe e o atacante Willian — foram negociados, mas os substitutos não demoraram a chegar. Nomes como os promissores Breiner e Wilson Pittoni logo chegaram ao Scarpelli para ocupar esse espaço, apesar de o mais famoso deles, Lenny, ainda não ter sequer estreado. Se a contratação do ex-palmeirense ainda não pode ser considerada um fracasso, é no mínimo frustrante para a torcida que o atacante siga recuperando-se de lesão.

Sob o comando de Goiano, o Figueirense dominou o 1º turno. Em nove jogos, venceu quatro, empatou quatro e perdeu apenas um, para o Criciúma, no Heriberto Hülse. Marcou 23 gols e sofreu 12. Parecia destinado a conquistar a 1ª etapa do torneio (principamente após bater o JEC por 3 a 1 na semifinal), mas esbarrou em um obstinado e bem-preparado Tigre mais uma vez, que bateu o time da Capital em pleno Scarpelli na decisão. Foi o fim da era Márcio Goiano no Furacão.



A troca de técnico

A chegada de Jorginho ao Scarpelli foi acompanhada de muita desconfiança por parte do lado alvinegro da Capital. Diretamente relacionado ao fracasso da Seleção de Dunga na África do Sul, Jorginho mal teve tempo de treinar a equipe antes de ouvir os primeiros protestos. A forte crença religiosa do ex-lateral-direito e uma suposta preferência por sistemas defensivos fizeram os fãs chiarem forte contra o treinador.



A campanha do Figueira no returno, em números, no entanto, foi ainda melhor do que no turno. Apesar de ter terminado atrás da líder Chapecoense, o time de Jorginho conquistou seis vitórias, dois empates e também sofreu apenas uma derrota — desta vez para o Concórdia. A semifinal diante do Avaí pôs tudo a perder: atuando no Scarpelli e com a vantagem de jogar pelo empate, sofreu dois gols de cabeça e foi eliminado do Catarinense 2011.

As lesões

Algumas contusões atrabalharam a campanha alvinegra no Estadual, a principais delas envolvendo Lenny, contratado como principal reforço do ano. Ele chegou a Florianópolis, a principio, recuperado de uma grave lesão no joelho, mas outras questões surgiram (desequilíbrio muscular, estiramento, desconforto) e ele não pôde estrear. Outros jogadores importantes também passaram pelo departamento médico neste começo de temporada: Roger Carvalho, Maicon, Fernandes, Reinaldo, Héber, entre outros.



O fator Scarpelli

O Figueirense teve a 2ª melhor campanha na classificação geral do Catarinense 2011, perdendo apenas para a Chapecoense. Em um total de 21 jogos (incluindo semifinais de turno e returno, mais a final do turno), venceu 11, empatou seis e perdeu quatro, marcando 48 gols e sofrendo 24 no processo. Duas dessas derrotas aconteceram fora de casa (em Criciúma e em Concórdia), e as outras duas no Scarpelli. O problema dos revéses em casa é que foram em momentos decisivos: na decisão do turno, diante do Tigre, e na semi do returno, frente ao Avaí.

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