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Esportes  | 05/04/2011 10h14min

Perigo pelo alto: Inter busca contra Jaguares corrigir bola aérea defensiva

Dos 11 gols sofridos no ano, quatro foram por cima – dois só no torneio continental

Embora a campanha na Libertadores seja indiscutível e a classificação para as oitavas quase uma certeza, há um detalhe que incomoda Celso Roth e macula o bom retrospecto do time neste ano: a bola aérea na defesa colorada. Dos 11 gols sofridos pela equipe principal em 2011, quatro se deram em cruzamentos pelo alto. Três deles, em bolas paradas.

Na Libertadores, os únicos dois gols sofridos pelos zagueiros surgiram na temida bola aérea. Na estreia, os três pontos escaparam em Guayaquil após uma falta cobrada na cabeça de Gimenez. Contra o Jorge Wilstermann na Bolívia, um susto logo nos primeiros minutos: em outra bola parada, Brown desviou e abriu o placar para o time de casa. O Inter suplantou o rival, goleando por 4 a 1. Mas o alerta soou.

— Na bola aérea defensiva ainda falta alguma coisa. Temos que acertar. Levamos gol de bola parada lá (contra o Emelec). E o Wilstermann saiu a mil por hora, aí levamos gol — disse Roth, após esse jogo. — Temos que melhorar. Isso é absolutamente normal.

A alternativa aérea do Jaguares costuma ser mais explorada no campeonato local. Já na Libertadores, dos quatro gols dos mexicanos apenas um surgiu pelo alto. Foi na vitória sobre o Emelec por 2 a 1, após jogada ensaiada num escanteio. Além dos perigos do próximo rival, o próprio Inter voltou a provar desse veneno no último jogo, contra o Lajeadense, pelo Gauchão: um novo gol sofrido de cabeça após uma bola parada custou dois pontos no sábado.

O problema dificilmente passa pela técnica dos defensores, e estatura não lhes falta. Todos os zagueiros que já foram titulares em 2011 mostram boa imposição física: Índio (1m80cm), Rodrigo (1,82cm), Ronaldo Alves (1m87cm), Sorondo (1m90cm) e Bolívar (1m85cm). Os volantes também: Bolatti e Wilson Matias, os primeiros responsáveis por salvaguardar a zaga, têm 1m90cm e 1m86cm, respectivamente.

O que pode pesar, todavia, é a falta de entrosamento entre os zagueiros. A pouca sequência entre a dupla titular marca a trajetória do sistema defensivo colorado este ano. As lesões contribuem para isso. Bolívar passou por artroscopia no joelho no início da temporada, Índio já sentiu dores musculares e Sorondo, dono de um denso histórico de contusões, novamente se lesionou — e duplamente: foi submetido a cirurgias no joelho direito e na clavícula.

Em 13 jogos da equipe principal, Celso Roth conseguiu repetir a dupla de zagueiros em apenas duas oportunidades, logo nos primeiros jogos. A parceria Índio-Sorondo atuou em quatro jogos consecutivos. Logo depois, Rodrigo e Sorondo emplacaram três partidas em sequência. Desde o dia 19 de março, as camisetas 2 e 3 do Inter alternam entre os jogadores. Na quarta-feira, deve ir a campo a dupla considerada ideal, com Bolívar e Índio, titulares no ano passado. Eles atuaram juntos nesta temporada apenas na goleada sobre o Jorge Wilstermann por 3 a 0, no último dia 30, no Beira-Rio.

O Jogo

O Inter enfrenta o Jaguares às 19h30 (horário de Brasília) desta quarta-feira, pelo Grupo 6 da Copa Libertadores da América. A partida será realizada no Estádio Victor Manuel Reyna. Nesta segunda, o time realiza o primeiro treino em Tuxtla.


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