O técnico Jorginho chegou há mais de 20 dias ao Figueirense e ainda sofre com a resistência de boa parte da torcida. A derrota para o Concórdia, quarta-feira, tornou essa aproximação ainda mais difícil. O treinador pediu tempo para mostrar seu trabalho e tem evitado comparações com o Márcio Goiano, mas é nele que os alvinegros pensam após cada partida do sucessor, que acumula dois empates, uma vitória e uma derrota.

Na quinta, quando Goiano foi anunciado como novo técnico do Grêmio Prudente, a notícia virou assunto entre os alvinegros nas redes sociais. Com o crédito de ter levado o Figueira à elite do Campeonato Brasileiro, ele chega com a mesma missão no time paulista, que disputa a Série B e luta para não ser rebaixado no Paulistão.

Mas a nova casa do ex-treinador não foi o único assunto da quinta-feira. O que rendeu mesmo foi a derrota sofrida no Oeste. Além de perder a vice-liderança, o Alvinegro foi ultrapassado pelo rival Avaí e corre o risco de sair do G-4 caso não vença a Chapecoense, líder do returno, no próximo domingo, no Orlando Scarpelli.

O clima promete ser quente. Os jogadores pediram apoio ao torcedor logo após o jogo no Oeste e tentaram assumir a responsabilidade, até para evitar que as cobranças recaiam somente sobre o técnico.

— Não adianta tirarmos o corpo fora e jogar tudo no Jorginho. Nós que jogamos, é a equipe que perde gols e toma gols, temos que assumir as responsabilidades — disse o atacante Reinaldo, autor do gol alvinegro na derrota por 2 a 1.

O treinador pareceu tranquilo, apesar do resultado. Em entrevista coletiva, ele lamentou as chances desperdiçadas e garantiu que o Figueira vai classificar para semifinais e, para isso, pediu apoio.

— O torcedor tem que ter paciência. Cobrança demasiada nos jogadores acaba atrapalhando — considerou.