Entre os 22 mil torcedores esperados no Estádio Felix Capriles para o jogo contra o Jorge Wilstermann, às 19h30min (horário brasileiro), haverá centenas de estudantes brasileiros dispostos a empurrar o Inter rumo à liderança do Grupo 6. Se vencer, o time do técnico Celso Roth pula para sete pontos e passa o Jaguares, que tem seis.

Bradly Cristian, de 22 anos, nasceu na cidade de Santa Helena, mas é colorado por obra do pai, que é paranaense. Está feliz e ansioso. Verá o Inter ao vivo pela primeira vez hoje. E, o melhor: ao lado do pai, que veio do Paraná para assistir ao jogo ao lado do filho.

Bradly foi esperar a delegação no aeroporto e ajudou a montar a recepção de popstar em Cochabamba para o Inter. Ele estuda medicina na Univalle. É muito mais barato.

Em Rondônia, Bradly pagaria cerca de R$ 4 mil mensais. Aqui, não chega a R$ 500. Além da Univalle, há outras universidades particulares na cidade. São elas a UPB (Universidade Privada da Bolívia) e a Udabol (Universidade Aquino da Bolívia). Todas oferecem vários cursos, mas os mais procurados são veterinária e medicina.

— Calculo cerca de 3 mil estudantes brasileiros morando aqui. Há muitos colorados, gaúchos ou não, como eu. Parte desta galera vai ao jogo — sorri Bradly, enquanto admira a foto tirada com Rafael Sobis.

Agora anote aí o meu palpite.

Já estive em Cochabamba em outros jogos de Libertadores. Não me espantarei se na arquibancada aparecer gente com camisa do Santos, do Flamengo, do São Paulo. A bandeira do Brasil vai tremular, aposto.

A presença de uma equipe brasileira funciona como ponto de encontro da galera toda no estádio. Dali, os estudantes saem para a festa. Será um baita reforço para os colorados no Felix Capriles. Não duvido que a torcida vermelha e seus aliados batam na casa dos 500, quem sabe até mil pessoas na mais otimista das hipóteses.

Vai ser bonito de ver a brasileirada em festa.