Foi como em Guayaquil, quando o Inter chegou ao Equador para o jogo com o Emelec.

Teve confusão na recepção aos atuais campeões da América em Cochabamba, na Bolívia, onde, nesta quarta-feira, o time do técnico Celso Roth enfrenta o Jorge Wilstermann, às 19h30min (horário brasileiro), pelo Grupo 6 da Libertadores.

Parecia desembarque de astro pop.

Dezenas de jornalistas, misturados com torcedores, aguardavam com sofreguidão a passagem dos jogadores.

Celso Roth chegou a receber um encontrão de um cinegrafista, decidido de qualquer maneira a filmar Bolatti. Com a câmera erguida sobre os ombros, buscava imagens do argentino. Com boa agilidade, Roth evitou a queda após o choque.

Em segundos, Bolatti estava cercado de microfones. Sem poder caminhar, o jeito foi dizer algumas palavras para aplacar a sede da imprensa boliviana.

– Será um jogo muito difícil, mas estamos preparados – disse o volante, ganhando salvo-conduto para seguir até o ônibus.

A torcida deu show.

Dezenas de colorados, a maioria estudantes das universidades privadas que oferecem faculdades mais baratas do que no Brasil, foram recepcionar o time fardados e cantando a valer. Havia bandeiras verde-amarelas também.

Tinga e Rafael Sobis fizeram questão de atendê-los, tirando fotos e concedendo autógrafos, apesar dos pedidos da segurança para que passassem pelo saguão sem parar. Os torcedores ficaram encantados com o gesto. Uma menina até chorou, emocionada, sendo rapidamente ajudada pelos amigos.

Muitos estudantes mostravam o ingresso já comprado para o jogo no Estádio Felix Capriles. O Inter, certamente, terá apoio de gaúchos e brasileiros aqui de Cochabamba para vencer o Jorge Wilstermann.