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Esportes  | 14/03/2011 08h45min

Decisão sobre reformas no Beira-Rio vira guerra de editais

Votação pode ocorrer nesta segunda ou na próxima semana

Leonardo Oliveira  |  leonardo.oliveira@zerohora.com.br

O Inter pode tomar nesta segunda uma decisão que valerá pelos próximos 20 anos. Veja bem: pode. Porque a questão se adota parceria para tocar as obras do Beira-Rio ou permanece bancando-a sozinho virou uma guerra de editais.

Em princípio, como publicado nos jornais no sábado de Carnaval, a votação será hoje, a partir das 20h. Mesmo que no último sábado, o presidente do Conselho Deliberativo, Luiz Antônio Lopes, tenha publicado outro edital convocando a votação para o dia 21. Pegou todos de surpresa. Inclusive seu vice, Luiz César Souto Moura.

A previsão é de que a reunião desta segunda entre a madrugada. Haverá espaço para explanação dos conselheiros. A convocação prevê que seja discutida a proposta de parceria com a construtora Andrade Gutierrez, defendida pela atual gestão. Só depois disso é que será votada. O embate entre o presidente Giovanni Luigi e o ex-presidente Vitorio Piffero, que defende o autofinanciamento, elevou a temperatura política no Beira-Rio. O movimento Convergência Colorada, dono de 90 conselheiros, se reuniu no domingo à noite para decidir se votaria em bloco. Segundo o coordenador do movimento, Sandro Farias, as decisões tomadas no encontro só serão divulgadas nesta noite, no Conselho Deliberativo. Ele também não adiantou se o Convergência votará em bloco.

Luigi pede pressa na decisão. Além de atender à exigência da Fifa, para que apresente garantias financeiras da obra, reclama que a discussão emperra o andamento do clube e rouba o foco de assuntos importantes, como o futebol. O 1º vice, Luís Anápio Gomes, é mais enfático:

— Queremos votar logo. Essa discussão já passou do tempo. Por causa dela não conseguimos assumir o clube ainda.

Antes das explanações desta segunda, o Conselho Fiscal dará seu parecer sobre o assunto. Segundo pessoas ligadas ao órgão, ele seria favorável à parceria.

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As propostas em debate

Caso o clube decida fazer sozinho as obras, precisará desembolsar pelo menos R$ 158 milhões (dos quais, R$ 53 já estão assegurados), correndo o risco de não obter este volume de dinheiro a tempo de reformar o estádio para a Copa e, assim, possivelmente, deixando de ser a sede do Mundial em Porto Alegre.

Se a opção for pela parceria, a Andrade Gutierrez bancará a reforma, buscando dinheiro no BNDES, e ela custará R$ 290 milhões — o Inter não terá que arcar com estes custos, mas 12% da capacidade de assentos do Beira-Rio, além do edifício-garagem e de lojas no entorno do estádio, serão explorados pela empresa por 20 anos.

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