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Esportes  | 02/03/2011 12h07min

Conselheiros do Inter conhecem hoje os projetos para a remodelação do Beira-Rio

Clube pode pagar obras com recursos próprios, obter financiamento do BNDES ou firmar parceria com construtora

O processo para decidir o futuro das obras do Beira-Rio, que vem sendo debatido por dirigentes e conselheiros colorados ao longo da semana, entra na etapa decisiva nesta quarta. Há três possibilidades de realização da remodelação do estádio. Todas já foram submetidas aos Conselhos Consultivo e Fiscal do clube, e serão apresentadas ao Conselho Deliberativo, em reunião marcada para as 20h. A decisão final sai depois do Carnaval.

As propostas são três: a remodelação do estádio com recursos próprios, a contratação de um parceiro para viabilizar um financiamento do BNDES e o acerto com a empreiteira Andrade Gutierrez, que tem um projeto pronto.

A direção anterior já havia iniciado as obras sob o modelo do financiamento próprio. Isso porque o estádio colorado corre o risco de perder o direito de sediar jogos da Copa do Mundo de 2014.

Diante do Conselho Consultivo, quem defendeu a remodelação com dinheiro do clube foi o ex-presidente Vitorio Piffero. Para suprir o orçamento de R$ 150 milhões, o clube venderia camarotes e suítes do Beira-Rio. A Coca-Cola comprou uma suíte por R$ 1 milhão.

— Temos, sim, condições de tocar as obras com recursos próprios em vez de entregar o estádio para uma empreiteira — disse Emídio Ferreira, um dos responsáveis pelo modelo de recursos próprios. — Nossa previsão era investir cerca de R$ 60 milhões até o final de 2011. E há recursos para isso, mas também é preciso vontade.

Foto: Ricardo Duarte

A Fifa, no entanto, exige garantias quanto à viabilidade financeira. Aí entra a terceira hipótese, que surgiu nesta semana durante a discussão pelo Conselho Fiscal: utilizar uma parceria que consiga um financiamento junto ao BNDES.

A terceira possibilidade é a favorita da nova direção. Até porque, segundo o executivo do clube, Aod Cunha, o orçamento é maior que o previsto pela direção anterior: R$ 253 milhões.

— A diferença de custos é de obras que não estão no caderno de encargos da Fifa. Além disso, o clube tem R$ 50 milhões em caixa, e não teria dificuldades em conseguir mais R$ 100 milhões — afirmou Ibsen.

Os partidários do modelo de autofinanciamento reclamam da gestão atual por pararem as vendas de suítes, impedindo, assim, que novos recursos entrem. Já os defensores da parceria com a Andrade Gutierrez garantem que esta é a melhor opção para evitar um possível contratempo que tiraria do Beira-Rio a credencial de uma das sedes da Copa do Mundo de 2014.

— O Inter não teria risco: nem de negócio, nem de obra. Se o custo ficar maior, o clube não pagará um tostão. O Inter ficaria livre para destinar todos os seus recursos para o futebol — garante Leonardo Salvaterra Treiguer, diretor comercial da construtora.

A exploração do novo Beira-Rio pela Andrade Gutierrez seria de 20 anos. O lucro viria da exploração das áreas vip, camarotes, estacionamento e outras ações, nos moldes do novo Estádio Wembley (Londres) e da Galatasaray Arena (Istambul).

— Será um erro grave não fechar esta parceria — avisa o 1º vice Luís Anápio Gomes, temendo que o Beira-Rio perca a chance de sediar jogos da Copa do Mundo de 2014.

Grupo oposicionista que detém mais cadeiras no Conselho, o Convergência Colorada anunciou que tomará uma decisão baseada em critérios técnicos, e não políticos.

"Não se dará apoio a nenhum modelo que, em nossa avaliação, ofereça qualquer risco ou ameaça de comprometimento do crescimento sustentado e duradouro do Inter", diz documento publicado no site do grupo.

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