Após perder o título do turno do Catarinense para o Criciúma, no último domingo, o Figueirense agora se prepara para fazer uma reunião de avaliação sobre este primeiro turno. O gerente de futebol do Alvinegro, Chico Lins, conversou com a reportagem da rádio CBN Diário sobre como está o sentimento do time depois da derrota:

— Realmente foi a primeira grande decepção. Ano passado, durante uma competição de pontos corridos, que era a Série B, a gente tinha um ou dois tropeços, recuperava, mas sempre se manteve entre os quatro. Então é uma decepção, a gente tem que ter tranquilidade e equilíbrio para analisar as coisas. É normal que se faça uma avaliação desse primeiro turno, mas dentro da tranquilidade. Não podemos agir na emoção, porque aí "periga" fazermos coisas erradas.

O dirigente sabe que, nessas horas, especulação é o que não falta para saber se existirá alguma mudança no comando do time:

— Na semana passada diziam que o Fernandes era o melhor jogador do mundo, hoje dizem que ele não vale para jogar no Figueirense, estou dando um exemplo. Pessoas que falavam que o Márcio era bom, hoje falam que ele não é tão bom. Que o Chico era bom, mas que agora o Chico é do vôlei, do futsal, mas isto é inerente ao futebol, uma paixão que de vez em quando cega. Temos que ter tranquilidade. Quando um time perde, passa por um momento de turbulência, de decepção, o primeiro culpado é sempre o técnico — estou falando dentro de uma cultura do futebol — então, logicamente sabemos disso.

Eu fico muito feliz que estou há 10 meses no Figueirense e só tive um técnico. Isso é sinal q ue o técnico fez as coisas bem, que o Márcio é muito importante dentro da história do Figueirense. Vamos analisar como está o ânimo do Márcio, dos jogadores, fazer uma análise bem fria da situação — completou.

Apesar dessa reunião ainda não ter acontecido, Chico Lins aponta que gostaria que Márcio Goiano seguisse no comando do Furacão:

— Eu sou partidário da continuidade do técnico. Dentro da diretoria, vamos nos reunir, fazer uma análise interna, ver a situação e vamos tocar a vida. Não acredito que haja mudanças. Ainda não conversamos porque hoje é um dia de muita decepção e vamos esperar essa decepção sair um pouco, para que a gente possa analisar as coisas com mais frieza, aí sim vamos tomar as decisões necessárias — encerrou.