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 | 26/02/2011 16h35min

Ídolos do passado: Albeneir foi ícone no Figueirense

Ex-atacante é o 3º maior artilheiro da história do Alvinegro

Paola Loewe  |  paola.loewe@diario.com.br

Albeneir, 53 anos, fez história com a camisa do Figueirense e hoje é um torcedor. Neste domingo, lá estará ele, na arquibancada do Estádio Orlando Scarpelli, torcendo pelo clube do coração. Agora, fora dos gramados, ele espera vibrar com títulos que não conseguiu em campo, apesar dos 93 gols marcados com a camisa alvinegra.

• VÍDEO: Albeneir fala sobre a decisão do turno e o passado alvinegro

O ex-jogador se emociona ao falar da carreira e lamenta não ter vivido mais intensamente alguns momentos. Apesar de ser o terceiro maior artilheiro do clube (e por um bom tempo foi o segundo, até ser ultrapassado por Fernandes), Albeneir não tinha noção do que representava para a história do Figueira. Mas deu tempo de perceber isso e hoje ele desfruta de cada momento ao lado dos fãs e atende com atenção cada torcedor que pede uma fotografia ou um autógrafo. Ele ainda acrescenta um abraço.

— É muito gratificante, nem tenho como explicar. O reconhecimento é uma coisa muito gostosa — considera.

Natural de Belo Horizonte, Albeneir chegou ao Figueira em 1982 e não demorou a conquistar os torcedores com seus gols. O gigante de 1m98cm, que mais parecia jogador de basquete, mostrou o que faz um verdadeiro centroavante.

A relação durou sete anos, entre idas e vindas, como ele costuma dizer. Em 1993, ele decidiu parar, justamente quando estava no rival Avaí, mas a identificação sempre foi com o Alvinegro. É com a experiência de quem passou boa parte da carreira em gramados catarinenses que ele aconselha os grupo do Figueirense para a decisão contra o Criciúma. E alerta: o aspecto psicológico vai ser fundamental.

— O Figueirense é franco favorito, mas não ganhou nada ainda. Se tiver tranquilidade e jogar o futebol que vem jogando, vai ser campeão do turno — afirmou.

Quem é

Nome: Albeneir Marques Pereira
Idade: 53 anos
Clubes que defendeu: Cruzeiro (MG), Nacional (AM), Brasília, Operário (SP), Matsubara (PR), Figueirense, Grêmio, Novo Horizonte (SP), Inter de Limeira (SP), Glória (RS), Aimoré (RS), Marcílio Dias, Avaí
Títulos que conquistou: Pelo Figueirense, não conquistou títulos. Foi campeão estadual pelo Brasília (1978/80), Operário (1979) e Grêmio (1985/86)

Ligação com o clube: chegou ao Figueirense em 1981. Saiu do clube e voltou várias vezes. Entre indas e vindas, foram sete anos. A última passagem foi em 1992. Pelo clube, marcou 93 gols, número que o deixa na terceira posição da lista dos maiores artilheiros da história, atrás apenas de Fernandes (101) e Calico (94).

O que faz hoje: Atua na prevenção do uso de droga, presidindo o Conselho Municipal de Entorpecentes de Biguaçu e atuando como voluntário no Centro de Tratamento Recanto Silvestre.

IDENTIFICAÇÃO

"Cheguei no Figueirense em 1981. Foram sete anos, indo e voltando, em que aconteceram coisas maravilhosas. Vivi uma relação de amor e ódio com a torcida. Fui vaiado, mas na maioria das vezes aplaudido. Nem sabia que eu tinha feito 93 gols. Se soubesse, me esforçaria para fazer  mais. Mas tudo que fiz foi com amor a camisa, com amor à torcida. Sou um cara privilegiado e hoje sou torcedor do clube."

COMO SURPREENDER

"O Figueira só precisa manter o padrão de jogo, com toque de bola envolvente, bonito. O time é muito bom. É uma decisão, sempre é difícil, mas se o Figueirense jogar o futebol que vem jogando, com tranquilidade, pode ser o campeão do primeiro turno."

COMO NÃO SER SURPREENDIDO

"É preciso policiar as descidas do Juninho e do outro lateral, que deve ser o menino Leonardo porque o Bruno está suspenso. Isso envolve o Ygor ou Túlio. Às vezes fico com o pé atrás quando o time toca muito a bola em diagonal. Acho que deveria tocar com mais objetividade, no sentido gol."

JOGADOR QUE MAIS ADMIRA

"Fernandes. Não sei se ele tem alguém que torce mais por ele do que eu. Ele é fora de série, tanto dentro como fora de campo. É uma pessoa excepcional, um ser humano na concepção da palavra."

QUESTÃO TÁTICA

Concordo com a formação e o esquema atual. O Márcio Goiano está dando um banho, demonstrando que é um cara competente. Chegou desacreditado no Figueirense, em início de carreira, e neste tempo vem demonstrando sua capacidade. Ele tem várias variações para colocar dentro de campo e só desejo boa sorte.

PSICOLÓGICO

O "já ganhou" é muito perigoso, já perdi título assim. Há uma pressão psicológica e o Márcio (Goiano) deve trabalhar bem isso e se preocupar. Conversar é a melhor maneira para mostrar que o Figueira ainda não ganhou nada. O psicológico vai mexer muito com os rapazes.

PALPITE

Meu palpite é vitória do Figueirense, mas prefiro não arriscar o placar.

LEMBRANÇAS

Por coincidência, lembro muito de dois gols que fiz contra o Criciúma. Um deles garantiu a vitória por 1 a 0, quando eu jogava no Figueirense. O jogador lançou a bola, foi muito pra frente, mas o goleiro errou o tempo e eu fiz o gol. No outro eu estava no Avaí, mas perdemos por 1 a 0. Infelizmente tenho a frustração de nunca ter sido campeão pelo Figueirense. Perdi dois ou três títulos para o Joinville.

DIÁRIO CATARINENSE
 
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