O técnico do Grêmio viu jogos do Junior, de Barranquilla, adversário desta quinta-feira, às 23h50min (horário brasileiro), pela segunda rodada do Grupo 2 da Libertadores. Encomendou vídeos, examinou-os cuidadosamente e alertou os seus zagueiros.

É preciso muito cuidado com a bola parada colombiana. O Junior ergue a bola para a área de qualquer lugar do campo, sempre através do camisa 10 Giovanni Hernández. Experiente, 34 anos, matreiro, ele é o cobrador de faltas e escanteios dos "Tiburones". Bate bem na bola e tem habilidade.

O zagueiro brasileiro Anselmo de Almeida, que zanzou por times pequenos de Minas Gerais (Social, Tupi, Democrata-GV) e Brasília (Planaltinense e Botafogo) até firmar conceito no futebol colombiano (Independiente Medellín e Junior), mede 1m90cm. O centroavante Páez, igualmente alto, também é perigoso.

— O Renato tem dado muita ênfase à bola parada deles. Estamos precavidos — revelou o zagueiro Rodolfo. — Sabemos que a bola parada é o ponto forte do Junior.

— Sabemos que eles vão explorar isso a todo instante — concordou Paulão.

O desempenho defensivo pelo alto é o problema que mais preocupa Renato. Este ano, o Grêmio sofreu muitos gols de cabeça para um começo de temporada.

Contra o Liverpool, na Pré-Libertadores, levou um gol feito desta maneira em Montevidéu, no empate em 2 a 2. Por sorte, os atacantes uruguaios perderam outras chances na cara de Victor, sempre livres de marcação. Contra o Caxias, no primeiro turno do Gauchão, o filme se repetiu, apesar da vitória por 2 a 1.

Dos bastidores da delegação gremista aqui em Barranquilla, terra de Shakira, Gabriel García Márquez e do Carnaval (a festança começa nesta sexta-feira), emerge o temor azul: a bola parada (aérea) do Junior, com quem o Grêmio divide a liderança do Grupo 2.