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Esportes  | 22/02/2011 10h41min

Siegmann: "Não vim aqui para ser um derrotado"

Vice de futebol explica mudanças no plantel do Inter

Leandro Behs  |  leandro.behs@zerohora.com.br

Se havia alguma dúvida sobre quem mandava no vestiário do Inter, ela chegou ao fim na noite de sábado. Roberto Siegmann, o homem forte do futebol, precisou de 90 minutos mais as cobranças de pênaltis diante do Cruzeiro para antecipar uma revolução no clube. A dissolução do Inter B, e a determinação para que Celso Roth passasse também a disputar o Gauchão com o seu Inter A, fazem parte de um processo idealizado por Siegmann de mudança nas categorias de base e até mesmo no time principal. Após a Era Fernando Carvalho, o Inter está conhecendo agora a Era Siegmann.

— Não vim aqui para ser um derrotado — disse o vice de futebol. — É verdade que não somos obrigados a vencer sempre, mas somos obrigados a não perder com facilidade. Não podia ver aquilo em campo e nada fazer — desabafou.
 
Da cabine de onde assistiu à eliminação no Estadual, Siegmann ia projetando o segundo turno e a Libertadores em sua cabeça. Ao final da partida de sábado, convocou Roth para uma reunião e traçou o plano para a vida do futebol do Inter pós-Cruzeiro. O enxugamento dos elencos desde os juvenis, passando pelos juniores, Inter B até chegar ao grupo principal já era uma obrigação. Pragmático, Siegmann precisava auxiliar o CEO Aod Cunha a reduzir gastos e otimizar receitas — a folha do Inter hoje é de R$ 6 milhões para o futebol.

Desde o começo do ano já havia uma verba de pouco mais de R$ 500 mil reservada para as rescisões. Este enxugamento vai um pouco contra as ideias de Fernando Carvalho. Conforme Siegmann, Carvalho conhece o seu pensamento sobre o futebol do clube.

— O Fernando é, antes de tudo, meu amigo pessoal. E, como meu amigo, ele seguramente me apoia — declarou o vice de futebol.

A revolução de Siegmann prevê, a partir da base (mas também para o elenco principal), novos critérios para contratações: padrão de atleta (boa estatura será um dos quesitos exigidos), qualidade técnica e ambição de crescimento profissional. Este era um desejo seu desde os tempos em que cuidava da comunicação do clube. Entende que, por ver o futebol "de fora" do vestiário, podia enxergar determinadas questões com clareza. A partir de agora, no futebol da base e dos profissionais do Inter, só permanecerão jogadores que possam dar um retorno a curto prazo ao clube.

— No futebol, você não pode adiar os problemas, você precisa resolvê-los. E de forma imediata — afirmou o pragmático Siegmann.

A reação imediata do dirigente ao fracasso do Inter B visava também ao jogo contra o Jaguares, nesta amanhã, pela Libertadores. O vice de futebol temia uma inquietação maior da torcida, antes mesmo do jogo, caso nada fosse feito — e ainda mais com a classificação gremista com goleada sobre o Ypiranga.
 
Siegmann falou sobre a necessidade de dividir as atenções entre Gauchão e Copa Libertadores. Leia na edição desta terça de Zero Hora.

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