Renato já testou o Grêmio com apenas um volante, e deu certo. Foi na vitória por 3 a 0 sobre o Oriente Petrolero, na estreia pela fase de grupos da Libertadores. O esquema com dois volantes foi o mais utilizado pelo treinador até agora. Nos treinamentos, e em algumas variações durante os confrontos, até três volantes foram escalados. Mas isso não importa. Para o comandante, o time sempre jogará ofensivamente.

— Tem que arriscar, não tem que ter medo. No momento que se tem medo, passa insegurança para o grupo. O comandante é sempre o exemplo, e eu procuro passar bastante confiança para jogar para frente. E com personalidade. Lógico que tomamos nosso cuidado defensivo, mas precisamos ir para frente. Temos que pensar grande. Temos que jogar para ganhar — comentou o técnico após a goleada por 5 a 0 sobre o Ypiranga, pelas quartas de final do primeiro turno do Gauchão.

No "passeio" do Grêmio sobre o Ypiranga neste domingo, no Olímpico, Renato colocou o time em campo com Rochemback e Adilson na marcação do meio-campo. Com as substituições no segundo tempo, chegou a ficar com três volantes, na entrada de Willian Magrão. Depois, Rochemback saiu e o estreante Leandro, que é meia, entrou em seu lugar.

O que mais importa para Renato é que o time se entregue em campo, independente da formação, ou da quantidades de volantes.

— Essa entrega é fundamental. Respeitamos o adversário, mas impondo nosso ritmo de jogo. Não tem que dar mole, só a parte técnica também não se resolve. Nosso lema é fazer acontecer, e não esperar acontecer para reagir — disse.

Segundo o treinador, os jogadores assimilaram bem as suas orientações e estão colocando em prática nos jogos o que é treinado na semana. Como estratégia para que o grupo mantenha sempre o foco, Renato antecipa as concentrações, quando necessário. Isso aproxima os atletas e auxilia no descanso e no cuidado com a alimentação. Tudo visando a um melhor aproveitamento nos confrontos.

— O desgaste sempre vai haver. Há o desgaste emocional também, mas o grupo está atendendo ao pedido, se concentrando às vezes dois dias antes. Para vencer tem que querer, tem que ter entrega. Quando procuro concentrar dois dias antes eles vão felizes, e quanto mais descansarmos eles, mais vamos tê-los em campo — explicou o treinador.