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Esportes  | 16/02/2011 07h12min

Fora da estreia, Bolívar projeta reencontro com Pelé na final da Libertadores

Rei do futebol entregou taça ao capitão do Inter em 2010; agora, zagueiro cura lesão para voltar na 2ª rodada

Lucas Rizzatti  |  lucas.rizzatti@zerohora.com.br

Desde julho de 2010, quando recebeu a braçadeira das mãos do então novo técnico Celso Roth, Bolívar percebeu que seria dele a honra de erguer a Libertadores, caso o Inter a conquistasse novamente. E o bicampeonato chegou, depois de duas vitórias sobre o Chivas. O que o zagueiro não poderia presumir era quem lhe entregaria o lendário troféu. Já capitão em sua passagem pelo francês Bordeaux, o experiente Bolívar subiu ao palco montado no Beira-Rio e levou um susto: quem lhe oferecia a América era um senhor de 70 anos, paletó vermelho. Pelé.

— Eu não sabia que ele iria entregar a taça. Quando subi no palco e me virei, ele estava lá. O fato de ser o Pelé entregando o troféu valorizou ainda mais o momento — recorda. 

O tempo não descola da memória do capitão as palavras do Rei, que agradeceu ao Inter por ter devolvido ao Brasil a taça continental. Repetir o encontro está nos planos de Bolívar, que tem outro objetivo certeiro para o primeiro semestre: manter o 100% de aproveitamento na Libertadores. Disputou duas edições, 2006 e 2010, e venceu ambas.

— Sem dúvida, seria um prazer enorme receber novamente o troféu e pelas mãos de Pelé.

Desfalque na estreia


Foto: Inter, Divulgação

Depois de administrar as dores em 2010, Bolívar submeteu-se a uma artroscopia no joelho, no início da temporada. A cirurgia trata uma dor antiga, mas também o exclui da estreia do Inter na Libertadores, nesta quarta, diante do Emelec. Sua vontade é de retornar na segunda rodada, contra o Jaguares, no dia 23. Tudo depende, no entanto, da evolução dos exercícios. Distante da calorenta Guayaquil, ele vai torcer pelo Inter no seu apartamento em Porto Alegre, no bairro Santa Cecília, ao lado da esposa Veronica e dos filhos Tales e Victoria.

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Na falta do "General" Bolívar, Kleber se adonou da braçadeira. Mesmo com um estilo menos enérgico, o lateral-esquerdo tem toda a confiança do capitão fora de combate. E de Roth também. Nos treinos, Kleber chega a persuadir o técnico em questões táticas. Soma-se a isso a experiência do jogador fora do Beira-Rio. Bolívar lembra a vitoriosa passagem de Kleber pelo Corinthians, clube no qual colecionou títulos de expressão.

— É um cara com muita bagagem — elogia.

Líder, de fato e de direito

Por mais que Kleber aprove como capitão, o posto é de Bolívar, 31 anos a serem completados em agosto. Quando chegou ao Beira-Rio no intervalo para a Copa do Mundo, Roth comunicou ao grupo a decisão de trocar o comandante em campo, de Guiñazu para Bolívar. A mudança surgiu como algo natural, entende o zagueiro. Roth não deu detalhes à época, apenas lhe transferiu a responsabilidade. Sua longa história no clube (entre 2003 e 2006, e depois o retorno, em 2008), o protagonismo no título da Libertadores de 2006 e a experiência na Europa foram determinantes, acredita.


Foto: Alfredo Estrella, AFP

Em 2010, com pouco tempo sustentando a tarja no braço esquerdo, o zagueiro já se viu na sua segunda final de Libertadores. E mais: marcou o gol da vitória no primeiro jogo da decisão, diante do Chivas. Ali, assegura, sua condição de capitão foi legitimada.

— Naquele momento, ao ver quase todos os meus colegas comemorando comigo (foto acima), pude comprovar a força de um líder em campo — conta, num misto de orgulho e ansiedade, ao lembrar que não estará em campo contra o Emelec. — Vou perder apenas o início do campeonato. Na hora do filé, eu estarei dentro — sorri, já pensando em encontrar o Rei do futebol pela segunda vez.

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