A passagem de Roberto Carlos pelo Corinthians pode estar chegando ao fim. O lateral-esquerdo, que foi um dos alvos dos protestos após a eliminação na Libertadores, não sente mais segurança para morar em São Paulo e pode voltar ao futebol do exterior.

Nesta quinta-feira, antes do treino do time paulista, o jogador revelou que vem sendo perseguido nas ruas, além de ser ameaçado por telefone.

— Estou repensando algumas coisas, estruturando minha segurança. Estou sendo muito ameaçado por telefone, minha família também. Até motos estão perseguindo meu carro nas ruas. Não sei, isso está passando dos limites — desabafou.

Ao lado de Ronaldo e Tite, Roberto Carlos é o principal alvo da torcida corintiana (Foto: Divulgação)

Questionado sobre uma possível ida a algum clube dos Estados Unidos, Roberto Carlos garantiu que não tem nada fechado. Mas deixou no ar a possibilidade de deixar o Brasil nos próximos dias.

— O Fabiano (Farah, agente) está voltando do Exterior no início da próxima semana. Se ele vier com alguma coisa boa, eu devo aceitar. Não vou para outro clube brasileiro, mas fora é outra situação. Vou analisar o que é melhor para mim. Posso ir embora, sim — avisou.

Roberto Carlos não esteve em campo na derrota do Corinthians para o Tolima, no último dia 2 de fevereiro, na Colômbia, resultado que eliminou o time paulista na pré-Libertadores. De acordo com o técnico Tite, o lateral não foi escalado por sentir-se inseguro com o incômodo na perna direita.

Na volta da Colômbia, Roberto Carlos, Ronaldo e Tite foram os principais alvos dos protestos que parte dos corintianos fizeram em aeroportos e no Centro de Treinamento Joaquim Grava. No último sábado, o ônibus que transportava os jogadores foi apedrejado quando na entrada do centro de treinamento.