O mau momento vivido pelo Avaí no Catarinense acendeu o sinal de alerta na Ressacada. O drama vivido pelo clube no segundo semestre do ano passado ainda é recente, e as derrotas seguidas, que quase culminaram com o rebaixamento na Série A do Brasileiro, preocupam o torcedor.

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Afinal, estaria o Leão cometendo os mesmos erros de 2010? Na última temporada, o time teve um início animador. Sob o comando de Péricles Chamusca, o Avaí conquistou o bicampeonato estadual e chegou às oitavas de final da Copa do Brasil, quando foi eliminado pelo Grêmio no saldo qualificado. O início no Brasileiro também empolgou e houve quem acreditasse que o time pudesse brigar por uma vaga na Libertadores.

Bastou Chamusca deixar o clube, seduzido por uma posposta milionária do futebol árabe, para tudo virar de "pernas para o ar". O que parecia sólido, se desmanchou como um castelo de areia. O técnico Antônio Lopes foi contratado para reerguer o Leão e, com uma boa sequência de vitórias, ele colocou o time no G-4 do Brasileirão. Mas foi por pouco tempo.

A partir daí, vieram os maus resultados, a falta de coerência da comissão técnica para escalar a equipe e lesões de jogadores importantes. O resultado disso todos sabem. O Avaí entrou na zona de degola do Brasileiro a sete rodadas do fim da competição e saiu dela apenas na penúltima, graças a uma vitória surpreendente por 3 a 2, de virada, sobre o Santos de Neymar e Marquinhos, hoje principal jogador do clube.

A diretoria providenciou, então, mudanças pontuais. O coordenador de futebol, Moisés Cândido, e o supervisor de futebol, Márcio Azevedo, foram demitidos. Mauro Galvão foi contratado para ocupar o cargo de superintendente de esportes, com poderes para gerir os departamentos profissional e amador.

Fábio Araújo, então coordenador da base, assumiu a "linha de frente" e agora responde pela gerência de futebol. Ambos definiram o planejamento para a temporada 2011 e a formação do elenco. Pelo menos 15 jogadores foram contratados e, muitos deles, ainda não estão prontos para estrear. Talvez esteja aí o maior erro.

Com a demora na montagem do grupo, o Avaí entendeu que podia começar o Estadual com uma equipe reserva e alguns reforços. Resultado: sofreu duas derrotas. Imaginou-se, então, que os "titulares" resolveriam a situação. Não resolveram. Em dois jogos, mais duas derrotas. Agora, a expectativa é a de que o time reaja para buscar o título no returno. Talvez seja tarde demais.

O técnico do Metropolitano, Joceli dos Santos, considera o confronto diante do Avaí como um jogo-chave. Vitória verde mantém a equipe do técnico Joceli dos Santos viva na parte de cima da tabela e, de quebra, na briga por uma vaga às semifinais do turno.

Joceli esteve na Ressacada quinta-feira e viu o adversário ser derrotado em casa, para o Imbituba. Espera ter colhido as informações para que o Verdão consiga repetir domingo o feito do Imbituba.

— Temos que marcar muito, o jogo todo, e matar quando tivemos as oportunidades — comentou, indicando que deve ter um cuidado especial com Marquinhos, o cérebro do Avaí.

O treinador, porém, tem problemas para montar o time. Não poderá contar com o lateral canhoto Rafinha, suspenso, e o meia Odair, que sofreu um estiramento na panturrilha direita e deve ficar de fora entre duas e cinco semanas. Por outro lado, Marquinhos Júnior ao meio-campo e Nequinha, que havia deixado o jogo de quarta-feira com dores musculares, foi liberado e também volta ao time.

O técnico aposta na juventude. Dudu, 17 anos, vai jogar na lateral e o meia Artur, 19, volta a vestir a camisa 10, sendo o encarregado de ditar o ritmo das jogadas ofensivas. O confronto com o Leão também será o último no qual Joceli ficará longe do banco de reservas, devido à suspensão de cinco jogos.

— Esse é o jogo da afirmação do Metropolitano no Estadual. Não podemos perder — concluiu.

Sexta-feira, o nome do zagueiro Dênis, enfim, apareceu no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF e está liberado para ser escalado. Ele já vinha treinando com o grupo desde o início do ano, mas não podia ser escalado porque a documentação não havia sido regularizada.

Ficha técnica

METROPOLITANO

Flávio; Marcus Vinícius, Téio, Nietsche; Nequinha, Marquinhos Júnior, Alex Albert, Artur, Dudu; Jonatas e Leonardo
Técnico: Joceli dos Santos.

AVAÍ

Zé Carlos; Emerson Nunes, Gian, Rafael (Jhonny Dias), Pará (Romano), Acleisson, Batista, Marquinhos, Felipe (Ildemar); Maurício Alves (Fabiano) e Arthuro (Rafael Coelho)
Técnico: Vagner Benazzi.

Local: Estádio do Sesi, em Blumenau
Horário: 17h
Arbitragem: Célio Amorim, auxiliado por Marco Antônio Martins e Rosine Hoffmann Scherer.