Renato deixou claro em entrevista coletiva na última sexta que não pretende comandar alguns jogos do Grêmio no Interior, pelo Gauchão. Além disso, disse que não iria a Rivera para comandar o Gre-Nal, no dia 30 de janeiro, até por ser em meio aos jogos da pré-Libertadores. Depois de uma nova conversa com a direção, o treinador continuou mantendo sua posição, mas mostrou maior flexibilidade.

— Eu tenho um diálogo muito bom com a direção. É pesado cuidar de dois times. A  direção tem bom senso, hoje (quarta) já conversei com o Vicente, eu me entendo com eles. Quando eu tiver desgastado eles vão conversar comigo. Lógico que eu quero estar no grupo, enquanto eu aguentar vou fazendo os jogos. Vou trocar ideias com a diretoria e a gente vai chegar a um acordo — disse Renato após o empate com o Ypiranga, em Erechim.

O vice de futebol utilizou a mesma expressão que o treinador para definir a situação. Tudo será na base do "bom senso". Acompanhando a delegação na partida pela segunda rodada do primeiro turno do Gauchão, Antônio Vicente Martins reiterou, no entanto, que as decisões são tomadas pela diretoria.

— Ele pode ter uma opinião, a gente outra, o que importa é que a gente tenha bom senso, e ele tem bom senso. A gente conversa, e as decisões são tomadas pela diretoria, considerando opiniões contrárias. Ele pode nos convencer em determinada situação, é só ter tranquilidade, ouvir, ainda que divergindo, e decidir a partir disso — explicou.

Certo é que Renato comanda os próximos jogos do Grêmio contra o São José, no Olímpico, na sexta; contra o Canoas, na casa do adversário, no domingo; e contra o Liverpool, na quarta, na estreia pela pré-Libertadores, em Montevidéu.

— O que temos que levar em consideração é o desgaste, o estresse, não adianta eu querer fazer sem ter cabeça. Quanto ao Gre-Nal, vamos antes pensar nos outros jogos, o próximo é no Olímpico, vou estar lá, como estarei domingo, e na pré-Libertadores no Uruguai. A partir daí converso com os diretores — acrescentou Renato.