Rogério Ceni está cada vez mais próximo de atingir a marca de cem gols pelo São Paulo. O clube deve anunciar oficialmente nesta terça ou quarta-feira que o goleiro tem 96 gols com a camisa tricolor, e não 94 como a Fifa contabiliza. A polêmica se deve a dois gols em partidas em não oficiais.

O primeiro foi em um amistoso em 1998, contra um combinado de Santos e Flamengo. O outro aconteceu dois anos depois na decisão do torneio Constantino Cury, em 2000, contra o Uralan (RUS).

O principal motivo para a mudança na contagem é que os outros jogadores do clube têm contabilizados os gols feitos em partidas amistosas. Serginho Chulapa, maior artilheiro da história do São Paulo, possui 242 gols, sendo que alguns deles foram anotados em jogos não oficiais. Portanto, o clube ou teria que fazer uma recontagem de todos os gols de sua história, ou passar a utilizar o mesmo critério com Rogério Ceni, ignorando a Fifa.

Michael Serra, historiador do São Paulo, entrou em contato com historiadores de diversos clubes e todos contabilizam os gols feitos em amistosos. Com base nesses argumentos, a mudança foi realizada.

A cobrança de pênalti convertida contra o Mogi Mirim, no domingo, então passa a ser o gol de número 96 dele pelo São Paulo, faltando quatro para o 100º.

A troca não altera a data da quebra do recorde de maior goleiro artilheiro da história do futebol, obtido em 2006, contra o Cruzeiro, porque a contagem internacional é feita pela Fifa.