Serão destinados 15 mil ingressos ao preço de R$ 80 (mil pesos uruguaios) para a torcida do Grêmio que for ao Centenário assistir ao primeiro jogo do mata-mata contra o Liverpool, dia 26 de janeiro, valendo vaga na fase de grupos da Libertadores.

Não há como disputar uma partida do mais importante torneio sul-americano no acanhado estádio Belvedere, com capacidade para 6 mil pessoas.

Péssimas condições do Belvedere levam jogo ao Centenário. Foto: Diogo Olivier

Com a presença de Ronaldinho, a expectativa é de que fãs do Peñarol e do Nacional marquem presença, quem sabe dobrando a expectativa de público.

— Trata-se de um craque mundial. Será algo especial para todos nós. Além do mais, o jogo será em um período sem futebol em Montevideo, uma cidade que respira a magia deste esporte. Esperamos sim, a ajuda da torcida do Peñarol e do Nacional — diz o gerente executivo Carlos Ferragut, que aposta em até 30 mil pessoas se Ronaldinho estiver em campo.

Seria um "empréstimo" de torcida para o jogo em Montevidéu, onde vencer é fundamental se o Liverpool quiser alimentar o sonho de participar da primeira Libertadores desde sua fundação, em 1915.

Os torcedores iriam pela curiosidade de ver Ronaldinho de perto, mas abraçariam o Liverpool, é claro: um uruguaio jamais torceria contra um uruguaio em um duelo com brasileiros.

Como a renda é do mandante, Ronaldinho garantiria bom dinheiro para os cofres sofridos do clube. A folha mensal do Liverpool é de R$ 250 mil. Folha mensal de TODO o clube, não apenas dos jogadores. É menos do que o salário do goleiro Victor.

Como se vê, Ronaldinho vai ajudar até o pobre Liverpool, do Uruguai, a engordar o caixa.