Deve ser estranho para Leonardo defender as cores de um rival histórico – o maior deles durante 13 anos. Mas o técnico, moldado sob o vermelho e preto do Milan, estreou bem à frente da Internazionale, na boa vitória sobre o Napoli por 3 a 1, nesta quinta-feira, pelo Campeonato Italiano.

O histórico das últimas estreias de técnicos do Nerazzurri não era dos mais animadores. Afinal, desde Hector Cúper em 2001, foram quatro – Alberto Zaccheroni, os megavencedores Roberto Mancini e José Mourinho, além de Rafa Benítez. E todos empataram seu primeiro jogo.

A quantidade de desfalques também não era agradável. Sneijder, Eto'o, Philippe Coutinho... Todos indisponíveis. Mas Leonardo passou por cima de tudo isso, e contou principalmente com a vontade dos jogadores da Inter – campeã de tudo na temporada passada, mas ferida por um péssimo início depois dos títulos.

A principal diferença em relação ao time de Benítez, técnico anterior, é a presença constante dos volantes no ataque. Não à tôa Thiago Motta e Cambiasso resolveram a parada para os donos da casa no Giuseppe Meazza. O brasileiro marcou duas vezes.

Isso significa que a criação – normalmente feita por Sneijder, embora ontem Stankovic tenha assumido a função – não deve ficar mais tão sobrecarregada. E a equipe milanesa parece ter uma vocação mais ofensiva.

De qualquer forma, é preciso resolver os problemas defensivos. Pazienza, autor do gol do Napoli – àquela altura os visitantes empatavam em 1 a 1 –, apareceu sozinho entre quatro homens após cruzamento da esquerda.

Curiosamente, a vitória da Inter acabou servindo para o Milan, já que o Napoli não encostou no líder. Mas na cabeça de Leonardo a bandeira agora é outra.