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Esportes  | 06/01/2011 10h10min

Consciência ecológica e ações de sustentabilidade marcam obras no Beira-Rio

Clube realiza iniciativas como luz solar e aproveitamento de água da chuva

Felipe Truda  |  felipe.truda@rbsonline.com.br

As obras para a remodelação do Beira-Rio são marcadas pela consciência ecológica. Quando o Inter recebeu, nesta terça, a Licença de Instalação que permite a realização das obras da Secretaria Municipal do Meio-Ambiente (Smam), foi solicitado pela Prefeitura de Porto Alegre um relatório com as ações de sustentabilidade realizadas pelo clube durante a execução do projeto Gigante Para Sempre.

— Estamos desenvolvendo vários projetos na questão da sustentabilidade, como reaproveitamento de material. É uma iniciativa do clube, e a Prefeitura pediu que entregássemos um estudo, um relatório com todas as ações que estamos prevendo — explicou o engenheiro Helio Giaretta, responsável pelas obras.

Neste relatório, estarão listadas ações como o aproveitamento da água da chuva, para irrigar o gramado e abastecer as latrinas dos banheiros. Além disso, as novas arquibancadas terão menos estruturas de madeira, e mais concreto. Já é usada energia elétrica solar em parte da iluminação dos campos suplementares. São apenas exemplos de iniciativas coloradas pelo verde.

O objetivo do clube é garantir o selo Leadership in Energy and Environmental Design (LEED), certificação concedida pela ONG norte-americana U.S. Green Building Council (USGBC), entregue a construções que se destacam pela sustentabilidade.

Foto: Carlos Edler

— Este selo não é muito comum aqui, mas há várias obras no Rio Grande do Sul com este selo. Tudo o que conseguimos com sustentabilidade, quando chegamos à pontuação mínima, ganhamos um selo de certificação. Há diferentes níveis, como ouro, prata, platina... – explica o engenheiro.

Dentro da normalidade

O objetivo da licença que o Beira-Rio recebeu da Smam era autorizar a retirada de árvores do local próximo ao local onde será instalada a cobertura das arquibancadas. O replantio será feito conforme solicitação da Prefeitura. Giaretta reconhece que a necessidade não era prevista, mas garante que isso não atrasará a obra.

— Está tudo dentro da normalidade — afirma o engenheiro, que espera entregar o novo Beira-Rio no final de 2012, para que o estádio receba sem problemas a Copa das Confederações do ano seguinte.

Capacidade gradualmente aumentada

Segundo o engenheiro, a instalação das arquibancadas inferiores começa em 90 dias. O profissional explicou como sempre haverá a possibilidade de receber torcedores no anel de baixo do estádio mesmo durante a montagem.

— A ideia é dividir o estádio em quatro fases. Quando terminarmos um, liberamos e interditamos outro — explicou, acrescentando que, desta forma, a capacidade do estádio será gradualmente aumentada. — Até porque um setor do estádio, que hoje tem quatro degraus, terá 28. A cada quarto, será liberado um pouco mais de lugares.

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