Não há uma relação direta, mas a história pode ajudar a soar o alerta da Inter de Milão. E não se fala aqui da surpreendente derrota do Inter para o Mazembe, na terça-feira. O retrospecto em questão remete a 1966 e a 2002 — duas Copas do Mundo em que a seleção italiana foi eliminada pelo futebol coreano. Nesta quarta-feira, a partir das 15h (horário de Brasília), o time de Rafa Benítez enfrenta os sul-coreanos do Seongnam, por uma vaga à final do Mundial de Clubes.

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Foto: Marwan Naamani, AFP

Mencionar Coreia entre os italianos é despertar no país tetracampeão mundial um trauma digno do Maracanazzo do Uruguai sobre o Brasil, em 1950.

Na Copa da Inglaterra, em 1966, a Itália, já bicampeã mundial, precisava vencer o time quase amador da Coreia do Norte para passar de fase. Não conseguiu. Velozes e ofensivos, os asiáticos fizeram 1 a 0 e seguraram a pressão da Azzurra. O gol foi marcado pelo dentista dentista Pak Doo Ik. De um time marginal, que não podia nem ouvir seu hino no estádio, a Coreia do Norte se tornou sensação do Mundial e ganhou a simpatia do público inglês. Os norte-coreanos acabaram eliminados nas quartas para Portugal.

A história se repetiu 36 anos depois, com a outra Coreia, a do Sul. Jogando em casa, os sul-coreanos perderam um pênalti e saíram perdendo da Itália, nas oitavas. Com o apoio da torcida, chegaram à virada, eliminando os italianos. O gol histórico, na morte súbita, foi marcado por Ahn Jung-Hwan, então jogador da Inter de Milão. Até hoje, a Azzurra reclama de lances polêmicos após sua eliminação precoce do Mundia.

Sucesso do Mazembe, trauma contra coreanos... Motivos não faltam para a Inter de Milão entrar ligada na semifinal desta quarta.