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A novela da renovação de Márcio Goiano com o Figueirense continua. Apesar de o presidente Nestor Lodetti ter garantido que o técnico continuará no cargo na próxima temporada, o próprio treinador declarou que há pendências a serem resolvidas antes do "eu fico" oficial. A principal delas seria um aumento de salário, já que o comandante alvinegro quer reconhecimento pela ótima campanha na Série B 2010.

O imbróglio tem explicação. Goiano chegou ao Furacão no começo do ano para ser auxiliar do técnico Renê Weber, que durou poucos jogos no cargo. Assumindo o time como treinador interino, o ex-zagueiro foi efetivado após o bom desempenho na segunda metade do Campeonato Catarinense, quando o time quase chegou à grande final. Goiano agora quer um novo reajuste, compatível com o salário de um técnico de Série A.

— É bom deixar bem claro: quando fui contratado no início do ano foi para ser funcionário do clube, e essa coisa se extendeu. Optei por deixar tudo registrado em carteira mesmo, e algumas situações foram acontecendo dentro desse período. Ele (Lodetti) está certo em dizer isso (que o técnico seguirá em 2011), só que a realidade como treinador é outra. É essa situação que vamos ter que conversar para chegar a um acordo — explicou Márcio Goiano nesta sexta-feira, à rádio CBN Diário.

Despreocupado com relação ao futuro, Goiano garantiu ainda que não negociar com nenhuma outra equipe até confirmar se segue ou não no Figueira:

— Estou tranquilo porque tudo o que tenho hoje foi graças ao futebol, quando eu estive jogando ali dentro. Quando parei fiquei um ano em casa curtindo a família, viajando, então hoje tenho essa tranquilidade. Lógico que não é isso que eu quero, até porque temos nossos objetivos. Portas se abriram, isso é fato, algumas coisas já apareceram. Eu já falei para a diretoria: a primeira conversa de renovação é com o Figueirense. Eu só vou conversar com outras equipes, isso já deixei bem claro, após ter esse diálogo para definirmos essa situação — completou.