É hoje sepultamento oficial do consenso no Beira-Rio. Pedro Affatato será lançado candidato à presidência pelo movimento União Colorada, e não por acaso escolheu o hotel Blue Tree para o anúncio.

Trata-se da concentração do Inter. É dali que Guiñazu sai para perseguir os adversários e Bolívar prepara-se para amedrontar quem chegar perto da sua área. Mais simbólico do que isso para sinalizar a disputa pela sucessão de Vitorio Piffero só pintando o rosto, como fazem os guerreiros indígenas antes da batalha.

O Inter Grande, de Giovanni Luigi, crê (e muito) em deserções na base de Affatato. Por isso não se comoveu com o movimento "Fica Piffero", que conseguiu o milagre de unir parlamentares do DEM, PC do B, PMDB, PT e PP em torno da proposta.

Um emissário já passou o recado a Sandro Farias, candidato da oposição. Sandro assiste a tudo de camarote. Não tem nada a ver com isso. Só tem a ganhar. Pode ir ao segundo turno com Luigi. O Inter Grande dá as cartas no processo eleitoral do Inter. Os outros se defendem.

Vitorio Piffero e Fernando Carvalho imaginaram que poderiam empurrar as divergências do Inter Grande (Luigi) e do União Colorada (Affatato) para depois da Libertadores.

Um apelo comovido na hora certa, na condição mística de tótens do clube, haveria de ser suficiente ao menos para aplicar superbonder no racha.

Hoje, está claro: foi um erro de avaliação. Bicampeões da América no campo, foram atropelados na política. De lá para cá, o sonho da unidade nunca mais passou disso mesmo: sonho.

Agora, só milagre.

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