A gritante diferença de posse de bola mostra bem o que foi a partida entre Espanha e Portugal, nesta terça-feira, pelas oitavas de final da Copa do Mundo. A equipe de Vicente Del Bosque manteve a bola nos pés durante 62% da partida, mas só chegou ao gol na segunda etapa.

:: Confira como foi a partida entre Espanha x Portugal

O herói espanhol foi David Villa, que aos 18 minutos da segunda etapa marcou o único gol do jogo depois de uma linda troca de passes do ataque da Espanha. Agora, a Fúria mede forças com Paraguai nas quartas de final. A partida ocorrerá no próximo sábado, às 15h30min (de Brasília), em Joanesburgo.

O JOGO

Os primeiros cinco minutos de jogo pareciam ser o início de um massacre espanhol. Com toques rápidos e envolventes, a Fúria chegou duas vezes com perigo, sem deixar Portugal respirar. Mas o ímpeto dos espanhóis arrefeceu aos poucos e os lusos passaram a jogar.

Portugal melhora e cria

Mais acertado em campo, Portugal construiu a melhor chance aos 21 minutos. Fábio Coentrão fez grande jogada pela esquerda, tocou para Tiago, que soltou uma bomba. O goleiro Casillas espalmou para cima e teve de dar socar a bola em um segundo momento para evitar o gol de cabeça de Hugo Almeida.

Sete minutos depois, Cristiano Ronaldo bateu falta com violência, a bola explodiu no peito de Casillas a zaga se obrigou a afastar de qualquer maneira. Apesar de ter a posse de bola quase que todo o tempo, a Espanha não conseguia a infiltração na zaga portuguesa.

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Os chutes de longa e média distância passaram a ser uma das poucas alternativas e em um deles, Xavi quase abriu o placar. O meia do Barcelona mandou forte e Eduardo só olhou quando ela passou rente à trave.

Segundo tempo da Espanha

O segundo tempo começou como uma reprise do primeiro. A Espanha trocava passes e Portugal assistia. A diferença estava na decisão que os espanhóis colocavam nas jogadas finais. Com mais velocidade, eles conseguiam chegar mais fácil ao gol de Eduardo. A entrada de Llorente no lugar de Fernando Torres deu mais volúpia ao ataque.

E foi na base da insistência que o gol saiu. Um gol com a cara da Espanha. Iniesta tocou para Lorente, que serviu Xavi já dentro da área. O meia deu um toque de letra genial para Villa, que saiu na cara do goleiro. O atacante bateu rasteiro, Eduardo defendeu, mas a bola voltou para Villa, que mandou para o gol. Caprichosa, a redonda ainda tocou no travessão antes de entrar. Foi o único gol sofrido por Portugal na Copa. O único que não poderia sofrer.

Bola gruda nos pés espanhóis

Com a vantagem no placar, a superioridade da Espanha ficou escancarada. A bola não saía dos pés dos espanhóis e os portugueses pareciam sem alternativas. Como Portugal foi obrigado a adiantar as suas linhas defensivas, os espaços se ofereceram à Fúria.

A avenida deixada pelo bom lateral-esquerdo Fábio Coentrão foi bem aproveitada por Sérgio Ramos. Em uma boa arrancada, ele deu um corte em Bruno Alves e bateu bem no cantinho. Eduardo, um dos melhores do jogo, salvou. No final do jogo, Llorente ainda perdeu sozinho de cabeça, dentro da pequena área, a chance de liquidar o jogo.