Este sábado é de prevenção em Santa Catarina, e o movimento nos postos de saúde e unidades volantes espalhadas em igrejas, supermercados e escolas está intenso desde às 8h. Em Florianópolis, havia filas em frente às unidades de saúde antes mesmo do ínicio das imunizações contra a poliomielite e gripe A.

Na Capital, no posto de saúde da Prainha, a primeira dose aplicada foi uma vacina contra a gripe A. Um paciente do grupo de risco de 30 a 39 anos abriu o último dia de vacinação gratuita contra o vírus H1N1.

De acordo com a coordenadora do posto de saúde, Thaíse Zoronzi, o foco da vacinação na Prainha é imunizar os adultos dessa faixa etária. Até às 11h deste sábado, a meta de vacinar 80% do grupo não tinha sido cumprida, já que 73% das pessoas haviam recebido a imunização.

A enfermeira contou que os pais que ainda não tinham vacinado os filhos de dois a quatro anos contra a gripe A aproveitaram o Dia Nacional de Combate à Poliomielite para imunizar as crianças contra as duas doenças.

No bairro Trindade, a procura intensa pela imunização contra a pólio e gripe A fez com que os agentes de saúde organizassem duas salas de vacina, uma destinada para os adultos e outra para as crianças.

Antes do final desta manhã, 48 crianças e 34 adultos haviam sido vacinados. A visita do Zé Gotinha, que entrou no ritmo da Copa neste ano e usa um unforme verde e amarelo, distrai os menores de cinco anos.

Segunda etapa contra a pólio

A meta do Ministério da Saúde é vacinar 14,6 milhões de crianças até o dia 14 de agosto, quando ocorre a segunda etapa da campanha. O número representa 95% dos menores de cinco anos.

A vacina é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e está disponível durante todo o ano nos postos de saúde e nas campanhas de vacinação de rotina. Os bebês devem receber a vacina aos dois, quatro e seis meses. Aos 15 meses, as crianças recebem o primeiro reforço e devem tomar anualmente as duas doses até os cinco anos de idade.

Outras vacinas

Durante o dia de vacinação contra a poliomielite equipes de saúde aproveitam para atualizar o cartão de vacinas das crianças, com vacinas contra doenças como coqueluche, sarampo, difteria, rubéola, tétano e rotavírus. A atualização de vacinas não ocorre nas unidades volantes, é oferecida somente nos postos de saúde.

Em geral, segundo o Ministério da Sáude, tomar duas ou mais vacinas no mesmo dia não oferece risco à saúde das crianças.

Paralisia infantil

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil está livre do vírus causador da pólio desde 1989, quando o último caso da doença foi registrado, na Paraíba. Em 1994, o país recebeu da Organização Mundial de Saúde (OMS) o certificado de eliminação da poliomielite. No entanto, segundo a pasta, enquanto houver circulação do vírus em qualquer região do mundo é necessário continuar com a vacinação porque o vírus pode ser trazido por pessoas que visitam países onde ele ainda existe, como Afeganistão e Ìndia.

A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave, causada e transmitida por um vírus (o poliovírus). A contaminação se dá principalmente por via oral. Na maioria das vezes, a criança não morre quando é infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia, principalmente nos membros inferiores.

Último dia para se vacinar de graça contra a Gripe A em Santa Catarina

As pessoas dos grupos de risco da doença (idosos, adultos entre 20 e 39 anos, doentes crônicos, cardíacos, gestantes) além de policiais, bombeiros e profissionais que trabalham com educação e serviços (saneamento básico, água e luz) também podem se vacinar.

Se sobrarem vacinas, o destino delas ainda é desconhecido. A Diretoria da Vigilância Epidemiológica ainda não sabe se irá aumentar o acesso gratuito ou se ampliará os grupos de risco.

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