Esportes | 07/05/2010 12h03min
Todos os anos a cena se repete: terminada a Série A do Gauchão, os clubes são divididos entre os que se mantém na ativa, com as disputas de certames regionais ou mesmo nacionais, e os que fecham as portas ou diminuem drasticamente os investimentos até o Estadual seguinte. Com jogadores e técnicos, ocorre uma verdadeira dança das cadeiras, com uma debandada para outras equipes.
O clicEsportes está mostrando a situação dos times que participaram da primeira divisão gaúcha – com exceção da Dupla Gre-Nal. Chegou a hora de conhecer os planos do Esportivo para a sequência da temporada.
Rebaixado à Segunda Divisão do Campeonato Gaúcho, o Esportivo está parado. Aguarda a eleição, marcada para o dia 30 de maio. Com a nova diretoria eleita, o clube decidirá se disputará alguma competição no segundo semestre ou se apenas fará o planejamento para a Segundona 2011. O prazo para inscrição de chapas vai até dia 21 de maio. Até agora, nenhuma foi oficializada.
Desde outubro de 2009, o clube era inusitadamente dirigido por três presidentes: Volmir Prezzi, Oscar Cobalquini e Vilson Vacari. O último pediu afastamento pouco antes do fim do Gauchão.
— Formamos este trio apenas para dar andamento ao clube, eram três presidentes e nenhum vice. Pensamos até em não disputar o Gauchão por falta de orçamento. Agora vamos aguardar a eleição, para ter um presidente e nove vices, como manda o estatuto — conta Volmir Prezzi, o Pitt, um dos presidentes.
Pitt ainda não sabe se concorrerá novamente. Conta que colabora com o clube há anos, independente de ter um cargo formal ou não.
— Não dá para dizer se pretendo continuar. Vai depender da chapa que for formada. Seria bom dar a oportunidade para outros administrarem — afirma.
Na opinião do atual presidente, o Esportivo deveria disputar a Copa FGF no segundo semestre. Se entrar mesmo na competição, o Esportivo terá que formar um time novo a partir de junho. Todos os jogadores contratados para o Gauchão foram dispensados. Ficaram apenas os garotos com idade de júnior ou juvenil, que depois do Gauchão retornaram às equipes de base e estão disputando os estaduais das categorias.
Independentemente de quem for o presidente a partir de 30 de maio, o clube terá que se mexer mais cedo para as próximas competições. O tempo curto de preparação é visto como o principal motivo do rebaixamento do time de Bento Gonçalves, tradicional integrante da elite do futebol gaúcho. Esta é também a razão da antecipação das eleições, que normalmente ocorrem em uma época mais avançada do ano.
Segundo Volmir Prezzi, quando o clube começou a formar a equipe para o Gauchão, em novembro de 2009, os principais jogadores já estavam contratados por outras equipes. E durante o campeonato, houve muitas mudanças no grupo e na comissão técnica.
— Na verdade, o clube já vinha na corda bamba há cinco ou seis anos. Um dia iria acontecer (o rebaixamento). Pena que foi na minha vez — lamenta.
Confira o Raio-X do Gauchão 2010:
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