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Esportes  | 04/05/2010 09h23min

Dengue e pouco público obrigam São Luiz a parar

"O Gauchão foi deficitário", lamenta presidente do clube

Amauri Knevitz Jr.  |  amauri.knevitz@zerohora.com.br

Todos os anos a cena se repete: terminada a Série A do Gauchão, os clubes são divididos entre os que se mantêm na ativa, com as disputas de certames regionais ou mesmo nacionais, e os que fecham as portas ou diminuem drasticamente os investimentos até o Estadual seguinte. Com jogadores e técnicos, ocorre uma verdadeira dança das cadeiras, com uma debandada para outras equipes.

Até a próxima sexta, o clicEsportes vai mostrar a situação dos times que participaram da primeira divisão gaúcha, com exceção da Dupla Gre-Nal.

Após fazer boa campanha no Gauchão 2010, o futebol profissional do São Luiz está parado. Somente as categorias júnior e juvenil continuam em atividade ao longo do ano. Ainda que o time tenha ido bem no campeonato, principalmente na primeira fase da Taça Fernando Carvalho, em que marcou mais pontos que o Grêmio, as dívidas impedem o clube de dar continuidade à temporada, como era o desejo da diretoria. O principal motivo dos problemas financeiros do São Luiz foi o baixo público presente no Estádio 19 de Outubro durante o campeonato.

— Estamos em débito. Tivemos menos renda que no ano passado. Vamos nos resguardar, botar as contas em dia, e nos preparar para o ano que vem. Não queríamos isso, mas o Gauchão para nós foi deficitário, infelizmente — lamenta o presidente Sadi Pereira.

Até o surto de dengue em Ijuí atrapalhou.

— Quando o Inter veio jogar aqui, estávamos com o problema da dengue. Tivemos uma renda 50% menor que o previsto naquele jogo. Isso nos prejudicou — afirma.

O São Luiz realiza eleições anuais em setembro. No cargo há quatro anos, Sadi Pereira diz ainda não saber se vai concorrer à reeleição. Mas explica que, assim que a diretoria for definida, já começa a preparação para o Gauchão 2011. A montagem do grupo de jogadores é o primeiro passo. Todos foram dispensados para procurar novos clubes.

Muitos deles devem voltar após a eliminação na Taça Fábio Koff, ainda que nenhum acordo formal tenha sido feito com nenhum. A boa relação e os pagamentos em dia são os argumentos do clube para fazê-los retornar.

Muitos outros virão de outros mercados ou de outros times dentro do Estado, como o atacante Eraldo, que veio do Santa Cruz e se tornou o principal destaque do time. Artilheiro do primeiro turno, com 10 gols, o centroavante acabou sendo contratado pelo Itumbiara para a sequência do Campeonato Goiano e dias atrás se transferiu para o América-RN, do técnico Gilmar Iser. Depois da saída de Eraldo, o desempenho do São Luiz no campeonato caiu muito.

Com três jogadores o clube ainda tem contrato: Negreti, Vanderson e o habilidoso meia Nicolas, de 20 anos, que o São Luiz pretende vender a algum time do Exterior para pagar as contas. O mercado árabe é um provável destino.

Enquanto isso, os juniores e juvenis disputam o Estadual das suas categorias, de olho em uma vaga no grupo do ano que vem. Segundo Sadi, todos os anos alguns jovens das categorias de base são agregados ao time do Gauchão.

— Participar da Copinha seria interessante para dar experiência a estes jogadores, visando ao Gauchão 2011. Mas não vamos fazer nada sem recursos. Teria que ser uma iniciativa sustentável — afirma Sadi Pereira.

CLICESPORTES
Marcelo Matusiaki, Divulgação  / 

Nicolas ainda tem contrato com o São Luiz, que planeja vendê-lo para o Exterior
Foto:  Marcelo Matusiaki, Divulgação


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