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 | 04/05/2010 13h08min

Ciclo curto no Joinville não interessava a Mauro Ovelha

Treinador se mostrou chateado por não dar continuidade ao projeto

Lucas Balduíno  |  lucas.balduino@an.com.br

O técnico Mauro Ovelha recebeu a equipe do jornal A Notícia em sua casa e respondeu a algumas perguntas sobre os dois meses em que ficou no comando do Joinville. O treinador falou a respeito da decepção de ter um ciclo tão curto no time e se mostrou chateado por não poder dar continuidade ao projeto.

Para o treinador, houve a quebra de um acordo apalavrado com a diretoria. Ovelha ressalta que o time esteve no caminho certo durante a fase de classificação, conquistando 13 dos 18 pontos disputados, e teve uma boa apresentação nas semifinais do returno.

Confira a entrevista de Mauro Ovelha ao jornal A Notícia:

A Notícia (AN) — Onde foi que o JEC errou neste campeonato?
Mauro Ovelha — Nos dois jogos da final, nossa produção foi muito abaixo da necessária. Isso em todos os sentidos. Física e tecnicamente, eles foram muito superiores a nós. Além de o Avaí ter qualidade, nos apresentamos com velocidade e força abaixo do normal. Quando cheguei aqui, era para que o time retornasse ao caminho das vitórias, mas não encontramos uma regularidade. Contra o Figueirense, na semifinal do returno, jogamos bem e criou-se uma certa expectativa, mas a decisão foi frustrante.

AN — Analisando hoje, teria feito algo diferente no torneio?
Ovelha — Eu peguei um trabalho em andamento e era preciso seguir uma linha do que já vinha sendo feito. A partir de agora, certamente eu iria mudar algumas coisas que eu achava que eram necessárias. Tinha que mudar o perfil do grupo, que já está há muito tempo junto. Percebemos que o time não tinha perfil de marcação e daqui pra frente a meta seria atacar isso, tanto é que já haviam sido contratados jogadores de defesa.

AN — O que pensa da política de contratações do JEC? O que precisaria mudar?
Ovelha — Eu acho que o treinador deve ter uma participação maior. Não tivemos tempo para analisar. Vieram alguns jogadores, mas aí foi uma coisa colocada ali, que o clube colocou. Não que fossem jogadores ruins. Mas acho que na minha concepção eu deveria ter participado mais disso.

AN — De que forma a rotatividade de treinadores prejudica o time?
Ovelha — Prejudica muito. Na minha opinião, se o Joinville tinha a intenção de fazer o que fez, era melhor ter continuado com o Ramírez. No momento em que aceitei, queria fazer um trabalho a longo prazo. Se soubesse que era para ficar só dois meses, eu não viria. Só isso aqui não interessava, o que interessava era todo o projeto. O que houve foi a quebra de um acordo apalavrado.

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