| 12/04/2009 22h27min
O Inter venceu, construiu uma goleada de 4 a 0 e se classificou para a final da Taça Fábio Koff. No entanto, o técnico Tite admitiu que o time deu muitas oportunidades à Ulbra na partida deste domingo, no Beira-Rio, principalmente no primeiro tempo. Para se ter uma ideia, até os 10 minutos de partida, quando o Inter abriu o placar, a Ulbra já havia perdido três chances de gol.
— No primeiro tempo, o resultado de 3 a 0 não foi condizente com o jogo. No segundo, sim. Mas a equipe deu oportunidades ao adversário no primeiro tempo. O Beto tem a característica de deixar dois jogadores na frente para puxar o contra-ataque, ora o Lê, ora o Tatá. E o Léo é um jogador de muita qualidade, com os outros dando sustentação. Se tu te expõe, esta é uma estratégia importante para ele. Numa dessas, ocorreu o pênalti.
O técnico admitiu que a substituição de Guiñazu por Andrezinho deixou o meio-campo mais vulnerável.
— Nós demos mais liberdade ao Andrezinho, e a
marcação ficou um pouco mais
deficiente com ele. No segundo tempo ajustou, o André compôs melhor, e a equipe fluiu de forma mais natural.
Tite lembrou o título conquistado com a equipe da Serra em 2000, quando venceu a final do Gauchão contra o Grêmio, de Ronaldinho.
— O Caxias já tem uma história forte e título para que seja respeitado. Cresceu muito nos últimos jogos e se estruturou. Respeito muito o Caxias, que me deu uma oportunidade muito boa de crescer e ser campeão gaúcho. Temos que repetir o padrão de atuação nesta final.
Perguntado a respeito da boa atuação de jogadores neste domingo que vinham sendo questionados, como Lauro e Álvaro, Tite explicou sua forma de trabalho e justificou por que não consegue aproveitar alguns jogadores de bom desempenho, citou até Danny Morais.
— Ter critério e ser justo é difícil. Certamente vou cometer erros e ser injusto em alguma oportunidade, mas não será por querer. Uma coisa é certa, botar e tirar jogadores a
toda hora não forma um time e não dá sequência para
ninguém. Claro que, se alguém jogar mal uma sequência maior, aí poderá sair da equipe.
Tite elogiou a evolução de Walter, que entrou no intervalo e teve grande atuação.
— O primeiro aspecto foi da conscientização do espírito competitivo. Quando perde a bola, tem que correr atrás. Ele se educou nisso, e o nível de participação cresceu, a confiança cresceu e a seleção sub-20 deu suporte a ele, assim como o gol que ele fez. E o aspecto familiar é muito importante. Ter pessoas que possam dar bons conselhos, o que não significa dizer sempre sim, mas apontar quando está errado, é importante. Acho que ele encontrou pessoas assim — finalizou.
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