Depois de saber que o STJD decidirá sobre a abertura de inquérito para investigar a denúncia de tentativa de suborno envolvendo o seu nome, o árbitro Wagner Tardelli falou com ZH.

Zero Hora — Como se sente com o nome envolvido neste episódio?

Wagner Tardelli — Ninguém está livre disso. Quando isso aconteceu, entendi que o melhor a fazer era sair do jogo em função da denúncia grave. Mas não por essa história de Madonna (há informação de estaria numa lista de convidados do São Paulo para o show). Ventilaram que um envelope foi mandado para minha casa. Chegou uma informação à CBF de que alguém estaria usando meu nome para oferecer benefício ilícito.

ZH — O senhor tem alguma idéia de quem seria?

Tardelli — O que chegou à CBF foi isso. Fui o primeiro a dizer: "Tô fora".

ZH — Foi o senhor que pediu para não apitar o jogo?

Tardelli — Falei assim: "Se tem alguma negociação, vamos travar isso agora". Deixei a vaidade por ser a final e abracei a instituição.

ZH — Houve denúncia de envelope com dinheiro?

Tardelli — Não. Alguém da imprensa, para ter matéria, disse isso.

ZH — O senhor seguirá apitando normalmente?

Tardelli – Claro. O maior prejudicado nesta história toda sou eu.