| 29/02/2008 02h06min
Os quatro ex-congressistas colombianos libertados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) expressaram seu compromisso de trabalhar para salvar os demais reféns da guerrilha.
— É preciso fazer algo para salvá-los. Vamos trabalhar em uma série de ações para sensibilizar a opinião pública e pressionar as partes para que entendam que a solução é política — disse o ex-congressista Luis Eladio Pérez.
— É absurdo pensar na possibilidade de um resgate militar. Se o presidente colombiano insistir nesta via, vai receber 40 ou 50 cadáveres — afirmou.
Em entrevista coletiva concedida na noite desta quinta-feira em Caracas, o ex-congressista indicou que tem uma proposta para Uribe e também para os presidentes de França, Nicolas Sarkozy, e Venezuela, Hugo Chávez, mas disse não podia torná-la pública ainda.
— Tornaremos públicas as propostas quando os três a conhecerem — informou.
Seus
companheiros de cativeiro também libertados ontem, Gloria
Polanco, Orlando Beltrán e Jorge Eduardo Gechem, alertaram ainda para a necessidade de um acordo humanitário para resolver o conflito na Colômbia.
Após um comovente relato dos momentos mais difíceis de seus seis anos de seqüestro, Gloria Polanco agradeceu pelas gestões de Chávez e da senadora colombiana Piedad Córdoba.
— O valor que tem que ser dado é à vida, não a um pedaço de terra, a alguns quilômetros... — disse a ex-congressista, em alusão à recusa do Governo colombiano a responder ao pedido das Farc de desmilitarizar uma zona para a negociação da troca humanitária.
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